| 18/07/2005 17h15min
O ex-secretário de Comunicação do PT Marcelo Sereno divulgou hoje, no site do PT na internet, nota contestando reportagem da Folha de S. Paulo, mostrando as suspeitas que cercam sua passagem pelo governo e pela direção do PT, sugerindo que o apartamento que ele comprou no Rio, no valor de R$ 700 mil, possa ser resultado de ações irregulares. Eis a íntegra da nota enviada pelo ex-secretário de Comunicação do PT, Marcelo Sereno, aos companheiros do PT:
Companheiros,
A Folha de S. Paulo desse domingo, depois de investigar minha vida e de minha família durante 30 dias, publicou 5 reportagens em que faz ilações contra mim no desempenho das minhas funções na Casa Civil e como secretário de Comunicação do PT.Gostaria, a título de respeito e manifestação de amizade com meus companheiros do PT, de fazer os seguintes comentários:
A primeira matéria da Folha tem como fonte o Sr. Neíldo de Souza Jorge, pessoa que possui contra mim um rancor pessoal, pois me atribui ser responsável por sua demissão por justa causa da INB (Indústrias Nucleares Brasileiras). Todas as suas afirmações são mentirosas e estou movendo contra ele uma ação por injúria, calúnia e difamação.
O imóvel que comprei na Barra da Tijuca é fruto das minhas economias, da minha esposa e da minha família, que me permitiram adquirir um imóvel em São Paulo e poder vendê-lo agora, e graças a um empréstimo da minha irmã, o que me permitiu dar entrada num imóvel em construção na Barra e financiar o saldo em 110 meses.
Ser pré-candidato a deputado federal é uma pretensão legítima de alguém que tem a minha história política. Não cometi nenhum "estupro", como diz o deputado André Costa. Apenas participei de negociações políticas por delegação da executiva nacional. O resultado do meu trabalho em conjunto com a executiva nacional e os diretórios municipais nas eleições do Rio de Janeiro é um crescimento de uma para 10 prefeituras.
Sobre o BNDES, estive no banco cumprindo tarefa funcional pela qual era responsável. Em momento algum poderia aventar a hipótese de indicar, pedir, solicitar qualquer coisa para minha mulher, até porque o estatuto da FAPS (fundo de pensão do BNDES) obriga que qualquer de seus dirigentes seja funcionário do banco, o que por si só desmente toda a matéria.
Quanto às demais insinuações, já foram desmentidas em carta para o jornal pelo ex-diretor do banco Luiz Carlos Melin.Estou ao inteiro dispor para qualquer outro esclarecimento.
Cordialmente,
Marcelo Sereno
As informações são da agência O Globo.
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