| 13/07/2005 22h11min
A juíza Paula Mantovani Avelino, da 10ª Vara Criminal do TRF, concedeu hoje liberdade ao dirigente petista no Ceará, José Adalberto Vieira da Silva, preso na carceragem da Polícia Federal desde a última sexta. Adalberto, que era assessor político do deputado estadual José Nobre Guimarães, irmão do ex-presidente do PT, José Genoino, foi detido enquanto tentava embarcar no Aeroporto de Congonhas com R$ 200 mil numa mala de viagem e mais US$ 100 mil na cueca.
Na ocasião, Adalberto disse que o dinheiro era fruto da venda de legumes a empresários do Ceagesp, o maior centro de abastecimento do país, que fica em São Paulo. Na sua decisão, a juíza lembra que Adalberto foi detido com dinheiro (nacional e estrangeiro), dois aparelhos de telefone celular, duas agendas e vários papéis. Por isso, diz a sentença, a "posse de tais objetos é lícita, de sorte que só o fato de estarem em poder de alguém não tem o condão de indicar, de forma muito provável, que a pessoa em questão tenha cometido algum crime".
A decisão da juíza foi tomada por volta das 19h30m. Nesta quarta-feira, o delegado responsável pelo inquérito, Hugo Brazioli Slivinski, ouviu o empresário José de Freitas, diretor de uma fábrica de postes de Fortaleza. O nome de Freitas aparecia na passagem aérea que Adalberto usou da capital cearense para São Paulo. Freitas disse que se encontrou com o dirigente petista em São Paulo apenas para tratar da reinstalação da fábrica, em Fortaleza.
As informações são da agência O Globo.
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