| 13/07/2005 21h20min
Logo após o fim do depoimento do empresário de jogos lotéricos Carlos Cachoeira, a CPI dos Bingos aprovou a quebra dos sigilos bancário, telefônico e fiscal do ex-assessor parlamentar da Casa Civil Waldomiro Diniz. Em seu depoimento, que durou cerca de cinco horas, Cachoeira disse acreditar que Waldomiro pedia dinheiro para si próprio, e não para políticos. Disse ainda que várias vezes Waldomiro lhe pediu dinheiro para favorecer suas empresas em concorrências realizadas pela Loterj, mas o empresário negou que tenha feito qualquer tipo de pagamento.
O empresário confirmou o encontro que ele e Waldomiro Diniz, ex-subchefe da Casa Civil, tiveram com representantes da empresa GTech no início de 2003. A empresa operava os sistemas de loteria da Caixa Econômica Federal. Ele afirmou ainda que a comissão deveria apurar a conduta dos deputados estaduais do Rio de Janeiro Alessandro Calazans (sem partido, que era o presidente da CPI da Loterj), e Paulo Melo (PMDB), o relator da comissão. Segundo Cachoeira, o relatório da CPI aliviou os verdadeiros culpados nas irregularidades na Loterj. Cachoeira disse ainda que, além de não ter tido a oportunidade de se defender, alguns membros da comissão tentaram desmoralizá-lo várias vezes.
O senador Magno Malta (PL-ES) disse que vai propor uma acareação entre Cachoeira e o ex-assessor parlamentar da Casa Civil Waldomiro Diniz, que vai depor futuramente na CPI. Os integrantes da CPI esperam receber novos documentos antes de tomar o depoimento de Waldomiro.
As informações são da agência O Globo.
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