| 08/07/2005 23h11min
O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, disse que, por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Polícia Federal está apurando todos os fatos que devam ser esclarecidos envolvendo a prisão de José Adalberto Vieira da Silva, assessor do deputado José Nobre Guimarães, líder do PT na Assembléia Legislativa do Ceará e irmão do presidente nacional do partido, José Genoino.
O ministro afirmou ainda que o governo não protege os amigos, nem persegue os inimigos.
– A investigação será ampla e profunda até descobrir a origem e o destino do dinheiro – disse o ministro, em nota divulgada pelo Jornal Nacional, exibido pela Rede Globo.
Adalberto Vieira foi preso no Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, com quase R$ 500 mil não declarados. Ele tentava embarcar com uma mala contendo R$ 200 mil. De acordo com a polícia, ele se atrapalhou para explicar a origem do dinheiro. Em uma outra revista, foram encontrados ainda US$ 100 mil dentro da calça do assessor parlamentar.
Adalberto Vieira informou inicialmente aos agentes da PF que era agricultor. Ele teria dito à polícia que os R$ 200 mil encontrados em sua mala de viagem eram fruto da venda de legumes no Ceagesp. Os policiais suspeitaram da história. Na mala, ainda foram encontrados ofícios do partido e uma agenda comemorativa dos 25 anos do PT. De acordo com os policiais, Adalberto Vieira disse que só falará em juízo.
Ele será autuado por crime contra o sistema financeiro e ordem tributária nacional, por conta da quantia de dinheiro que transportava sem declaração. Segundo investigações, o assessor parlamentar estava em São Paulo desde quinta-feira e ficou hospedado num hotel na Avenida Faria Lima, zona oeste da capital paulista. O deputado estadual José Nobre Guimarães é membro do diretório nacional do PT, que se reúne neste sábado e domingo em São Paulo.
As informações são da agência O Globo.
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