| 03/07/2005 12h18min
Em duas semanas de trabalho a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios já ouviu sete pessoas, pediu a quebra de sigilo de seis envolvidos na investigação e está analisando 90 contratos de licitação da estatal. Os documentos foram encaminhados pela Polícia Federal e Controladoria Geral da União (CGU).
O presidente da CPI, senador Delcídio Amaral (PT-MS), disse que a comissão está tendo um encaminhamento natural das investigações. Segundo ele, a apuração começa com a fita de vídeo que mostrou o ex-chefe de Departamento de Contratação e Material, Maurício Marinho, falando sobre um suposto esquema de corrupção.
– As investigações estão efetivamente acontecendo. A despeito de um momento político agitado, estamos conseguindo conduzir as reuniões, apesar das dificuldades que são naturais dentro do processo político como esse. Ela avança e deixa claro que não é uma CPI chapa-branca e que vai trazer resultados – disse.
A comissão aprovou ainda esta semana a quebra de sigilo telefônico, fiscal e bancário de Marcos Valério, que tem contratos de publicidade com a estatal, e de cinco de suas empresas: SMP&B Comunicação, DNA Propaganda, Grafite, Estratégia Marketing e Multiaction. Foi aprovada também a quebra de sigilo da esposa de Valério, Renilda de Souza, de sua ex-secretária Fernanda Karina Somaggio, de Maurício Marinho, Arthur Washeck e seu sócio Antônio Velasco.
De acordo com o senador Delcídio Amaral, as audiências têm se estendido por muito tempo. O depoimento do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), realizado na quinta, por exemplo, demorou mais de nove horas e de Maurício Marinho teve que acontecer em dois dias diferentes.
As informações são da Agência Brasil.
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