| 29/06/2005 12h06min
As lideranças do PMDB no Congresso divulgarão hoje documento de adesão ao pacto de governabilidade proposto ao partido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente Lula, segundo fontes do Planalto, considera concluída, com essa decisão do PMDB, a fase de consultas institucionais sobre a reforma ministerial. Ele passa agora a tratar objetivamente da substituição de nomes e pretende anunciar a nova equipe até sexta.
O documento das bancadas, que já foi submetido informalmente ao presidente Lula, terá a assinatura de 19 senadores e 52 deputados, informou a liderança do PMDB no Senado. Na prática, as bancadas vão aceitar o pacto revelia das outras instâncias do partido. O presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), pretendia levar a Lula uma resposta negativa, argumentando que há forte divisão interna e que os sete governadores do PMDB rejeitam a proposta.
Lula não respondeu até o momento ao pedido de audiência de Temer, mas desde o início da manhã se prepara para receber os líderes do PMDB, no Senado, Ney Suassuna (PB), e na Câmara, José Borba (PR). Lula mantém conversações com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), diretamente e por meio do líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP).
Diante do que considerou "uma crise existencial extemporânea" da direção partidária, Renan juntou-se ao ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) para costurar um acordo congressual, não mais institucional, com o governo. O Planalto, por sua vez, desiste do apoio formal do partido, mas espera garantir o apoio estável da maioria das bancadas do PMDB.
As informações são da agência Reuters.
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