O ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, depôs no início desta tarde à Comissão de Sindicância da Corregedoria da Câmara dos Deputados que apura o suposto pagamento de mesadas a parlamentares. O depoimento é fechado. Ao chegar a Câmara, o ministro afirmou que contaria na sindicância que já sabia do esquema mensalão. Ciro Gomes teria dito que há um ano e meio, o deputado Roberto Jefferson mencionou que havia no Congresso Nacional o pagamento de mesada a parlamentares. Segundo Ciro Gomes, os  deputados que recebiam a mesada pertenciam ao PP e ao PL na época.

- Perguntei a Roberto Jefferson se ele tinha alguma evidência e ele disse que não tinha -  contou o ministro.

Ciro Gomes afirmou que não falou do esquema para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva porque não existiam provas. Segundo Ciro, se houvesse alguma evidência sobre o esquema, se sentiria obrigado funcionalmente a dar prosseguimento nas denúncias.

O ministro afirmou ainda que, na época, contou a Jefferson que não acreditava na existência do mensalão. Ciro afirma que continua não acreditando no esquema, embora acha que sejam verossímeis os financiamentos de campanha no Brasil.

- Mas daí a subornar deputados, eu continuo sem acreditar - declarou Ciro Gomes.

Durante quase 10 minutos de depoimento, Ciro Gomes respondeu a 15 perguntas dos parlamentares. A ex-secretária do publicitário Marcos Valério, Fernanda Karina Somaggio, ainda presta depoimento na Comissão de Sindicância. O depoimento começou na manhã de hoje e durou aproximadamente 1 hora e 30 minutos, recomeçando  às 14h30min, desta vez no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados.

As informações são da Agência Brasil.