| 07/06/2005 12h55min
O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), descartou semelhanças entre a corrupção no governo de Fernando Collor e as denúncias de irregularidades feitas pelo presidente do PTB, Roberto Jefferson, sobre propina a deputados da base aliada.
– O presidente Lula não é o presidente Collor. O presidente Lula tem uma história que merece o nosso respeito. Nós, do PSDB, que teoricamente seríamos beneficiados por uma fragilização do governo, temos que agir com grande serenidade – afirmou Aécio.
Assim como ele, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), rejeitou a idéia de um possível processo de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas disse que a sociedade ainda está esperando explicações. Governadores de outros dois Estados defenderam uma investigação ampla das denúncias que envolvem o governo e cobraram uma manifestação pública do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a crise.
Rigotto também defendeu que "a eleição não pode contaminar a investigação". Para ele, o governo está "arranhado" por ter trabalhado contra a criação da CPI dos Correios. Ao cobrar a instalação da CPI, a governadora do Rio de Janeiro, Rosinha Matheus (PMDB), afirmou que o presidente Lula deveria apoiar a investigação "pegue quem pegar". Ela chegou a comparar as denúncias de corrupção no governo Lula com a queda do ex-presidente Fernando Collor de Mello em 1992.
– Collor caiu por uma denúncia de um motorista, menos do que o que está aí – disse, repetindo argumento mencionado por seu marido, o ex-governador Anthony Garotinho (PMDB), na véspera.
O governador mineiro lembrou a capacidade de comunicação do presidente Lula. "Ele deve olhar no olho e dizer que quer apurar." Mas foi sombrio na urgência das explicações. "Lula tem a oportunidade de ouro, talvez a última, de reconciliar-se com a população brasileira." Os quatro governadores participaram de entrevista na rádio BandNews FM. Com informações
do Globo Online e
Reuters.
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