Na véspera da cúpula América do Sul-Países Árabes, o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim, negou que o encontro esteja esvaziado. A baixa presença de lideranças foi levantada pela primeira vez pela imprensa argentina.

Em entrevista ao programa Bom Dia Brasil, Amorim declarou que os convidados estão dando importância ao evento, ao contrário do que vem noticiando a mídia nacional. Segundo ele, oito ou nove chefes de governo estarão presentes, assim como 60 ministros e 250 empresários árabes. Amorim disse que a ausência do rei do Marrocos já havia sido cogitada pelo país africano em função de celebrações locais.

Além da cúpula, o ministro falou sobre as relações com a Argentina. De acordo com Amorim, as relações com autoridades argentinas têm sido muito boas.

– Não vejo nenhuma crise para falar a verdade – disse o ministro, acrescentando que o governo brasileiro não está preocupado com o assunto.

Segundo o ministro, haveria mais fumaça do que fogo, mas admitiu que, às vezes, é preciso administrar a fumaça, porque ela pode prejudicar a vista.

Amorim afirmou que pode ter havido um mal-entendido por parte do jornal argentino Clarín.

– Se aqui a mídia apreende o que eu digo de maneira diferente, imagina a imprensa argentina – acrescentou o ministro.