| 01/10/2001 07h11min
Um pronunciamento na tribuna, previsto para esta terça ou quarta-feira, deve marcar a renúncia do senador Jader Barbalho (PMDB-PA). O parlamentar passou o fim de semana no Pará preparando o discurso de despedida e analisando as implicações e desdobramentos jurídicos. Com a decisão de renunciar, o ex-presidente do Senado resolve sua situação política, mas não encerra as questões judiciais que enfrentará sem imunidade parlamentar. A expectativa é de que Jader renuncie ao mandato antes mesmo de a Mesa do Senado votar o relatório do Conselho de Ética, que recomenda a abertura de processo por quebra de decoro parlamentar. Independentemente da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre mandado de segurança apresentado por Jader para impedir a instauração do processo no Senado, o presidente da Casa, Ramez Tebet (PMDB-MS), disse ontem que indicará hoje o nome do senador encarregado de relatar o pedido do conselho. A decisão do STF também é esperada para hoje. O presidente do Senado informou que está entre dois nomes para relatar o caso. Os senadores Mozarildo Cavalcanti (PFL-RR) e Antonio Carlos Valadares (PSB-SE). Se prevalecer a escolha de Mozarildo, ficaria para o PFL o carimbo de ter dado o veredicto sobre o destino político de Jader. Na avaliação de senadores, os pefelistas poderiam capitalizar politicamente o fato. Já a nomeação de Valadares garantiria a neutralidade no processo. Valadares adiantou que, caso indicado, dará seu parecer em 48 horas, o que obrigaria o senador Jader Barbalho a acelerar a renúncia. O senador atenderia ainda à determinação de Ramez Tebet, que anunciou, na última sexta-feira, intenção de reduzir de 15 para oito dias o prazo destinado ao relator.
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