| 23/07/2001 07h41min
Um pedido de investigação contra o parlamentar deve ser feito nesta terça-feira à Comissão de Ética do Senado e, ao longo da semana, o procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, apresentará ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido de abertura de processo criminal contra o senador por desvios de recursos do Banco do Estado do Pará (Banpará) nos anos 80. A oposição encontrou nas denúncias publicadas pela revista IstoÉ desta semana os argumentos que precisava para sustentar o pedido de investigação contra o senador. Conforme a reportagem, Jader teria cobrado comissão de US$ 5 milhões para intermediar a liberação de um financiamento de US$ 40 milhões da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), em 1998, para o empresário David Benayon. A denúncia é sustentada por uma conversa gravada, cuja fita foi obtida pela revista, entre Benayon e o deputado estadual do Amazonas Mário Frota (PDT) – na época, coordenador do escritório da Sudam em Manaus. O empréstimo, que acabou sendo liberado, seria usado pela empresa Mazonbec, na produção de artefatos de borracha na Zona Franca de Manaus. O empreendimento nunca saiu do papel. A oposição vai argumentar que, ao contrário do caso de desvio de recursos do Banpará, ocorrido há 17 anos, a suposta cobrança de propina teria ocorrido quando Jader já era senador. No STF, a tendência é acatar o pedido de abertura de processo criminal. O presidente do Supremo, ministro Marco Aurélio de Mello, já fez declarações públicas em favor das investigações. Ainda nesta semana, o ministro Ilmar Galvão deverá determinar a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico de Jader, da ex-mulher e deputada Elcione Barbalho (PMDB-PA), e do pai, Laércio Barbalho. A abertura das contas do clã Barbalho não depende de autorização do Senado. Apenas para julgar e processar parlamentares é necessária a licença do Congresso. Entenda o caso
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