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Empresário gaúcho é suspeito de envolvimento no caso Diniz

Homem responde a 29 processos da Justiça, a maioria por sonegação fiscal

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro que investiga o escândalo Valdomiro Diniz publicou nesta sexta, dia 18, editais nos jornais do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, convocando um empresário gaúcho a depor na comissão.

O nome de Sérgio Canozzi, de 51 anos, foi apontado pelo ex-secretário nacional de Segurança Pública, Luiz Eduardo Soares, como um lobista que pretendia indicar um novo presidente para a Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj), da qual Waldomiro Diniz,  ex-assessor do Ministro José Dirceu, era presidente. A finalidade, conforme relato de Luiz Eduardo Soares, seria aumentar o esquema de arrecadação de propinas pela Loterj.

A conversa entre o ex-secretário nacional de segurança pública e o empresário teria ocorrido há dois anos, em um hotel do Rio de Janeiro. O empresário teria dito a Soares que Waldomiro Diniz recolhia à època cerca de R$ 300 mil, em dinheiro, por mês de bingos. Em depoimento à CPI, Diniz admitiu ter mantido encontros com Canozzi.

Segundo os deputados da comissão, o empresário gaúcho responde a 29 processos na Justiça Federal de Novo Hamburgo e Porto Alegre, a maioria por sonegação fiscal. Sérgio Canozzi teria uma casa no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre e duas no Rio de Janeiro. A última informação recebida pela CPI indica que o empresário estaria morando em Florianópolis. O presidente da comissão, deputado Alessandro Calazans (PV), disse que vai propor o indiciamento do suspeito por corrupção ativa, caso não compareça para depor.

As informações são do repórter Giovani Grizotti.

 
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