| 10/04/2004 18h12min
Apesar da ocupação das polícias militar e civil na Rocinha, o clima ainda é tenso em algumas regiões da favela carioca. Famílias inteiras abandonaram suas casas neste sábado, dia 10, na parte mais alta do morro, levando móveis, aparelhos de TV e alguns objetos de valor. Comerciantes do local fecharam o comércio mais cedo, para evitar confrontos com os traficantes.
A partir da próxima segunda, dia 12, cerca de 900 policiais vão ocupar, de forma permanente, a Rocinha (São Conrado, zona sul do Rio) e seus arredores. O anúncio foi feito neste sábado pelo comandante-geral da PM, coronel Renato Hottz. Os homens vão se dividir em três turnos e ocupar ininterruptamente a região da favela.
A disputa pelo controle do tráfico de drogas aconteceu durante toda a sexta, dia 9, e a madrugada deste sábado, quando sete pessoas foram mortas em tiroteios – cinco civis e dois policiais.
Em seu site, a Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro, comandada pelo ex-governador Anthony Garotinho, informou neste sábado que o chefe da Polícia Civil, delegado Álvaro Lins, estava na Rocinha para supervisionar pessoalmente o trabalho de 60 viaturas. A operação, que não tem prazo para ser encerrada, acontece também nas imediações da favela.
Anthony Garotinho cancelou sua viagem de folga a Angra dos Reis e voltou neste sábado à capital carioca para acompanhar a operação policial.
Com informações do Globo Online e da agência Reuters.
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