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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Maurício Corrêa, definiu como "episódio lamentável" o envolvimento do subprocurador-geral da República, José Roberto Santoro, na gravação de uma conversa com o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
A gravação, veiculada na noite desta terça, dia 30, em reportagem do “Jornal Nacional”, mostrou que Santoro tentava conseguir de Cachoeira a fita em que o ex-assessor da Presidência da República Waldomiro Diniz, aparece cobrando propina e negociando dinheiro ilegal do empresário para campanhas eleitorais em 2002.
– Eu diria que ouvir alguém de madrugada, em primeiro lugar, constitui um fato inusitado, que, na verdade, é estranho sobre todos os aspectos – disse o presidente do STF, ressaltando que o fato "indica, seguramente, um procedimento completamente irregular".
Apesar de ter reprovado a conduta do subprocurador, o presidente do STF afirmou que a situação não deve significar que o Ministério Público precise de um controle externo, "nem tampouco que se lhe ponha uma mordaça". O ministro destacou que, no Poder Judiciário, quando um juiz pratica um ato irregular, não significa que toda a magistratura tenha errado ou que todos sejam pessoas que devam estar sob suspeita. Entretanto, ele condenou o ocorrido.
– Não há dúvida nenhuma que o episódio, como eu disse, deixa uma péssima recordação de um procedimento extremamente reprovável.
As informações são do STF.
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