| 04/12/2003 22h54min
Embora o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), tenha concordado com a proposta de haver sessões nos fins de semana para contar prazo para a reforma da Previdência, os senadores não parecem estar muito animados com a idéia e o acordo tende a ser revisto.
– Aqui, quando se quer que a coisa aconteça, ela acontece. Mas não precisa ser da maneira exótica e irracional de se trabalhar sábados e domingos – disse o líder do PFL, senador José Agripino Maia (RN).
Ele disse que conversou com os líderes do governo, Aloizio Mercadante (PT-SP), e do PSDB, Arthur Virgílio (AM), e que teriam chegado a outra solução para o problema do tempo: realizar mais de uma sessão deliberativa por dia, o que contaria prazo da mesma maneira. Há pressa em aprovar a emenda da PEC paralela, para que o plenário fique livre e possa receber a reforma tributária.
A oposição diz que o obstáculo principal já foi vencido, depois que todos os partidos concordaram com o conteúdo da emenda. Um acordo para acelerar a tramitação só não foi fechado nesta quinta-feira por resistência do PDT. O líder do partido, Jefferson Péres, anunciou logo pela manhã que, apesar de concordar com o mérito da reforma, não concordava em dispensar prazos de tramitação.
De acordo com a Secretaria Geral da Mesa do Senado, a última vez que ocorreram sessões aos sábados e domingos foi durante a Assembléia Constituinte, entre 1987 e 1988.
Com informações da Agência Reuters.
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