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 | 24/11/2007 20h19min

Os altos e baixos do Juventude em 13 anos na elite

Em 1997 time conseguiu a quinta colocação no Brasileirão

Diego Guichard  |  diego.guichard@rbsonline.com.br

Treze anos na elite do futebol brasileiro – de 1994 a 2007. Durante esse período, o Juventude alternou bons e maus momentos, mas nunca foi encarado como um adversário fácil de ser batido, principalmente no Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul.

A ascensão do Alviverde começou em 1993, com a parceria firmada pelo clube com a empresa Parmalat. A idéia era investir no futebol para projetar o clube nacionalmente em até três anos. Mas a resposta positiva veio muito antes do esperado.

– No primeiro ano de contrato ganhamos uma seletiva da Série C e chegamos à Série B – afirmou Marcos Ferreira Cunha Lima, que foi presidente do clube entre 1992 e 1995 e de 2002 a 2004.

De acordo com Cunha Lima, o time gaúcho entrou para a Série B sem grande favoritismo. Entretanto, o Ju recebeu reforços, o que deixou a equipe competitiva.

– Em 1994, acabamos recebendo jogadores vinculados com a Parmalat e do Palmeiras. Somando com os atletas que já tínhamos aqui, a equipe acabou ficando bem forte e competitiva – explica o ex-dirigente.

A equipe cresceu durante o campeonato. Com a possibilidade do título, chegaram mais investimentos e reforços da multinacional.

– Na metade para o final do campeonato, se viu que o Juventude tinha condições de ser campeão. Assim, a Parmalat resolveu investir um pouco mais. As vitórias vieram e o Ju conseguiu o título. Surpreendeu a todos – lembrou o ex-presidente.

Fincando pé na Série A

No primeiro ano de Série A, em 1995, o Juventude fez uma campanha razoável no Brasileirão, terminando na 11ª colocação. No ano seguinte, o Alviverde lutou para não ser rebaixado e ficou em 19º. Já em 1997, a equipe conseguiu chegar às semifinais da competição, terminando na quinta colocação – a melhor colocação na história do clube.

O bom momento se refletiu também em outros campeonatos. No Gauchão 1998, após 59 anos de hegemonia dos clubes da Capital, o time da Serra sagrou-se campeão gaúcho com sete vitórias e cinco empates.

Em 1999, o ápice: despachando times como Fluminense, Corinthians e Inter – contra o rival gaúcho, pelas semifinais, uma emblemática vitória por 4 a 0 dentro do Beira-Rio –, o Juventude conquistou o título da Copa do Brasil, batendo o Botafogo na final.

A queda

Entretanto, a campanha primorosa na Copa do Brasil não se refletiu no Brasileirão daquele ano. No Campeonato Brasileiro, o Alviverde terminou em 19º e só não foi rebaixado por mudanças no regulamento. No ano seguinte, o time gaúcho participou pela primeira vez da Copa Libertadores da América, mas acabou desclassificado na primeira fase.

O Juventude se recuperou nos Brasileirões 2002 e 2004, terminando na sétima colocação nos dois anos. Porém, nos anos seguintes, o Alviverde apenas lutou contra o rebaixamento. Mas nenhuma campanha do clube foi pior do que a deste ano.

Para Cunha Lima, um dos grandes problemas da campanha do Ju de 2007 foi a defesa do time, um dos pontos fortes da equipe caxiense nas edições anteriores da competição.

– O Juventude sempre se preocupou em ter um ótimo sistema defensivo. Neste ano, a defesa nunca teve seqüência por causa lesões, suspensão ou deficiência técnica e sofreu muitos gols – opinou o ex-cartola.

Porthus Junior / Agência RBS

Clube não tem mais pelo que lutar em 2007
Foto:  Porthus Junior  /  Agência RBS


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