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O candidato do PT a Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, enfrentou nesta quarta-feira, dia 22, um duro teste durante reunião-almoço na sede da Federação das Associações Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul). Apesar do discurso do presidente da entidade, Paulo Afonso Feijó, que bateu forte na política econômica adotada pelo governo petista no Estado, Lula conseguiu arrancar aplausos da platéia quando falou em reforma tributária.
Na entrevista coletiva concedida antes do encontro com os empresários, Lula abordou economia, política e reforma agrária. O petista disse que é possível reduzir juros sem gerar inflação, desde que haja o crescimento da indústria nacional.
– É preciso transformar o dinheiro numa coisa barata para os empresários que querem investir na produção e para os consumidores que querem comprar. Nós não podemos continuar a ser uma economia capitalista, onde é proibido o crescimento e o consumo – disse.
No plano político, Lula confirmou que o PT ainda não definiu quem será o vice na sua chapa. Segundo ele, pode ser tanto alguém de dentro quanto de fora do partido, desde que haja a formação de alianças. O presidenciável disse que ainda acredita ser possível uma união com PSB, de Anthony Garotinho, ou com o PPS, de Ciro Gomes, desde que estes partidos retirem a candidatura própria.
Ao falar de reforma agrária, o pré-candidato defendeu a participação dos trabalhadores na discussão do processo. Segundo ele, existem cerca de 900 milhões de hectares de terras que podem ser utilizadas para assentamentos. Também afirmou que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) deve ser "tratado como um filho", sendo reprimido quando erra. As informações são da Rádio Gaúcha.
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