| 13/03/2002 21h27min
Duas empresas que operam em Blumenau, no Vale do Itajaí, são suspeitas de terem ligações com o esquema de fraudes da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). As empresas são a Hayashi & Cia. e a Momento Engenharia. Elas teriam recebido cerca de R$ 4,4 milhões da empresa Nova Holanda, acusada de desviar R$ 20 milhões da Sudam. Documentos que já estão em poder do Ministério Público provam que as duas empresas emitiram notas fiscais seqüenciais para a Nova Holanda. A polícia suspeita que as notas foram emitidas para justificar despesas inexistentes.
A Momento, com sede em Curitiba e filial em Blumenau, recebeu R$ 580 mil. A empresa é a segunda maior acionista da Nova Holanda e tem como sócio Lauro Luís Viana. Ele também é acionista da Agrima, empresa que até 1994 pertencia a Jorge Murad, marido da governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PFL). A Nova Holanda teria adquirido calcário da Agrima, que era sua própria controladora. Pelas regras de financiamento da Sudam, tanto a Momento quanto a Agrima teriam realizado uma transação irregular porque empresas beneficiadas pelo Fundo de Investimento da Amazônia (Finam), como a Nova Holanda, não poderiam fazer negócios com empresas com as quais mantinham sociedade.
O Jornal de Santa Catarina conversou com o sócio das empresas Momento Engenharia, Agrima e Nova Holanda, Lauro Luiz Leone Viana. O catarinense está sendo investigado pela Polícia Federal e confirmou que a Momento e a Agrima prestaram serviços e receberam dinheiro da Nova Holanda. No entanto, o empresário afirma que não há irregularidades nas transações. Viana não especificou quais foram os serviços prestados pela Momento e Agrima. Disse apenas que foram estradas. O empresário afirmou ainda não saber que a Nova Holanda pagou a Momento e a Agrima com dinheiro da Sudam, apesar de ele ser sócio das três empresas.
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