| 30/11/2005 13h10min
A Venezuela está ajustando os detalhes de sua futura incorporação ao Mercosul, mas fontes diplomáticas do país reiteraram que sua integração ao bloco não implicará sua saída da Comunidade Andina de Nações (CAN). Os quatro membros fundadores do Mercosul - Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai - decidiram aceitar a Venezuela como membro pleno do bloco.
A assinatura formal do reconhecimento do "início das negociações", mediante o chamado Acordo Marco de Adesão, será em 9 de dezembro durante a cúpula presidencial do bloco em Montevidéu, no Uruguai.
A embaixadora venezuelana em Montevidéu, María Lourdes Urbaneja, disse que, nos próximos dias, serão concluídos os acertos para o acordo.
– A negociação acabará dois ou três dias antes da cúpula – disse Urbaneja.
De acordo com a minuta aprovada na semana passada pelo Mercosul para seu ingresso, a Venezuela deve aderir ao Tratado de Assunção (de fundação) e aos protocolos de Ouro Preto (estrutura institucional) e de Olivos (resolução de polêmicas).
Além disso, terá de assumir todo o acervo normativo do bloco e adotar a Tarifa Externa Comum. Os prazos para isso ainda estão em discussão.
Embora não tenha adiantado datas concretas, expressou seu desejo de que, em junho de 2006, ao final da presidência temporária a cargo da Argentina, tenham sido alcançados avanços significativos.
A indefinição das datas põe em dúvida se a Venezuela será formalmente um membro pleno do bloco quando for definido o acordo entre Mercosul e União Européia.
Sobre a anunciada saída da Venezuela da Comunidade Andina de Nações (CAN), da qual é membro fundador, a embaixadora Urbaneja negou taxativamente.
– Nós temos acordos políticos e de cooperação importantes na CAN que não vamos suspender. Vamos nos manter nos dois blocos – garantiu Urbaneja.
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