| 28/11/2005 13h21min
O dólar desafiou as compras do Banco Central e fechou a manhã de hoje em queda de 1,25%, cotado a R$ 2,203 na compra e R$ 2,205 na venda. A realização de mais um leilão de swap reverso do Banco Central não impediu a tendência de queda da cotação, nem a quase certeza da compra direta de dólares no período da tarde.
Já a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou o período contabilizando alta de 0,50%, com o Índice Bovespa em 32.087 pontos. O Ibovespa já bateu seu recorde "intraday" (no decorrer do dia), ao atingir a máxima de 32.350 pontos. O volume de negócios na bolsa totalizava R$ 480 milhões. O noticiário positivo, com destaque para o superávit primário recorde em outubro, ajuda a impulsionar os negócios na Bovespa.
No câmbio, poucos operadores arriscam explicar a forte queda do dólar em um dia de leilão de "swap" reverso. O BC ofertou ao mercado US$ 500 milhões em 10.500 contratos de swap. Na prática, essa operação equivale à compra de dólares futuros por parte do BC.
A entrada de dólares trazidos por uma empresa do setor de energia elétrica é apontada como um dos fatores que derrubam o dólar, mas não o único. A notícia do superávit de US$ 925 milhões da balança comercial na quarta semana de novembro é outro fator positivo, que sugere manutenção da tendência de queda da moeda americana. Um terceiro fator apontado é a proximidade do final do mês, que leva investidores do mercado futuro a puxar a cotação do dólar para cima ou para baixo, de acordo com suas posições no mercado.
O EMBI+ Brasil, que mede o risco-país brasileiro, opera em 339 pontos centesimais, dois acima do piso histórico do índice, registrado em outubro de 1997.
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