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 | 25/11/2005 11h03min

Em 31% dos domicílios não havia rede de esgoto no ano passado

Saneamento subiu mais que o número de moradias, indica o PNAD 2004

No ano passado, 31,1% das moradias brasileiras não tinham esgotamento sanitário adequado (rede de esgoto ou tinham fossa séptica) e 17,8% dos domicílios não estavam ligados à rede geral de água. Além disso, 15,2% não contavam com coleta de lixo, 34,6% não tinham telefone, e em 3,2% não havia iluminação elétrica. É o que mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD 2004), divulgada hoje pelo IBGE.

O número de residências com esgotamento sanitário adequado (rede coletora de esgoto ou fossa séptica) aumentou 3,5% de 2003 para 2004 e, segundo o IBGE, a variação, superior ao crescimento do total de domicílios no mesmo período (2,5%), "revela continuidade na melhoria nas condições sanitárias no país, ainda que num ritmo menor do que o verificado para os anos de 2001/2002 e 2002/2003".

Essa elevação deveu-se principalmente ao incremento de 4,2% no número de habitações atendidas por rede de esgoto, pois o crescimento no número das dotadas de fossa séptica não foi expressivo (1,9%). No caso da energia, em cinco anos, o percentual de habitações sem iluminação reduziu-se à metade (de 5,2% em 1999 para 2,6% em 2004). A percentagem de moradias rústicas caiu de 3,6% para 2,5%, de 1999 para 2004.

Em 2004 o Sudeste detinha os maiores percentuais de moradias com luz elétrica (99,4%), abastecimento de água (91,5%) e coletora de esgoto (77,4%), coleta de lixo (94,2%) e com esgotamento sanitário adequado (86,9%); enquanto a região Sul superou as demais em residências com telefone (78,3%). Na outra ponta, a região Norte apresentou os menores percentuais de habitações com iluminação elétrica (89,5%) e atendidas por rede de água (55,2%). Ainda que a percentagem de moradias atendidas por rede de esgoto no Norte tenha sido destacadamente a menor (4,0%) do país, em termos de esgotamento sanitário adequado, a região alcançou 50,5%, superando o Nordeste (45,4%) e Centro-Oeste (41,5%). Os percentuais de residências com telefone (41,3%) e coleta de lixo (69,8%) do Nordeste foram inferiores aos das demais regiões.

Em 2004, 2,7% das moradias eram rústicas, ou seja, construídas com material não apropriado para edificação (madeira aproveitada de embalagens, taipa não revestida, adobe, palha etc.). As proporções no Norte (6,8%) e Nordeste (6,2%) ficaram muito acima das demais regiões - 1,8% na Sul, 1,3% na Centro-Oeste e 0,7% na Sudeste.

AGÊNCIA O GLOBO
 
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