| 24/09/2005 19h28min
A exemplo do que ocorre no Campeonato Brasileiro, o futebol do Paraná também vive um grande escândalo na sua arbitragem. Nesta sexta-feira o Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) do Estado indiciou 11 acusados de envolvimento num esquema de manipulação de resultados das partidas da Série Prata (segunda divisão) do Paranaense.
O esquema seria comandado por alguém ligado à Federação Paranaense de Futebol, conhecido pelo codinome “Bruxo”. Segundo as acusações este personagem, em conluio com árbitros, cobraria até R$ 2 mil dos clubes para garantir resultados.
Depois de mais de um mês de investigações, o auditor do TJD, Octacílio Sacerdote Filho, entregou um relatório em que são indiciados 11 acusados, entre eles, os árbitros José Francisco de Oliveira, Carlos Jack Rodrigues Magno, Amoreti Carlos da Cruz, Antônio de Oliveira Salazar Moreno, Marcos Tadeu Silva Mafra e Sandro César da Rocha.
Além deles, são acusados Valdir de Souza e Antônio Carvalho, respectivamente, ex-vice e ex-presidente da Comissão de Arbitragem da FPF e os dirigentes Silvio Gubert, do Operário de Ponta Grossa, Genezio Camargo, do Foz do Iguaçu e Johelson Pissaia, diretor-administrativo da FPF, que já pediu afastamento do cargo.
Após a conclusão do relatório, o próximo passo é a denúncia chegar ao presidente do Tribunal, Bôrtolo Escorsim, que deverá determinar a data dos julgamentos. A tendência é que todos sejam julgados e eliminados do futebol. Segundo Sacerdote, há provas fartas, testemunhais e documentais contra todos.
Além de responderem na esfera esportiva, os envolvidos devem também prestar contas à Justiça comum. Octacílio Sacerdote pretende que o inquérito seja encaminhado ao Ministério Público, para que as investigações sejam aprofundadas.
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