O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, desafiou nessa quinta, dia 6, o Irã, a Síria e o Egito a adotar a democracia e disse que antigas políticas de apoio a líderes árabes não-democráticos fracassaram.

– Estão as pessoas do Oriente Médio de alguma forma longe de alcançar a liberdade? Eu não acredito nisso.

Em um pronunciamento na sede do Fundo Nacional para Democracia (National Endowment for Democracy), onde o ex-presidente Ronald Reagan falou sobre democracia global há 20 anos, Bush disse que a política norte-americana de apoio a governos que não estavam empenhados na liberdade política fracassou. De acordo com Bush, Washington adotou uma nova estratégia de liberdade no Oriente Médio.

– Sessenta anos de nações ocidentais desculpando e acomodando a falta de liberdade no Oriente Médio não fizeram nada para nos deixar mais seguros – disse Bush.

Não ficou claro, no entanto, como será executada essa política. Bush não disse que medidas os Estados Unidos poderão tomar para incentivar as nações da região a implementar reformas democráticas. O Egito, por exemplo, recebe US$ 2 bilhões ao ano em ajuda, mas não há sinal de que a Casa Branca esteja preparada para reduzir essa ajuda como um incentivo a mudanças.

Bush deixou claro, no entanto, que ele não vai impor o estilo democrático norte-americano no mundo árabe. Afirmou ainda que os árabes são perfeitamente capazes de desenvolver suas próprias instituições democráticas.

Bush ressaltou a situação do Irã e da Síria.

– O regime de Teerã deve ceder às demandas democráticas do povo iraniano – afirmou.

Sobre a Síria, disse que líderes do país já prometeram mudanças, mas em vez disso deixaram "um legado de tortura, opressão, tristeza e ruína''. Ao falar do Egito, cujo presidente Hosni Mubarak tem sido um interlocutor vital no Oriente Médio para sucessivos presidentes norte-americanos, Bush disse:

– A grande e orgulhosa nação do Egito tem mostrado o caminho rumo à paz no Oriente Médio e agora deve mostrar o caminho da democracia no Oriente Médio.

As informações são da agência Reuters.