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Um mediador entre o chefe de inteligência de Saddam Hussein e assessores do Pentágono disse que apresentou um possível acordo de paz antes da guerra no Iraque, mas que a oferta foi desprezada por Washington. A informação foi veiculada nessa quarta, dia 5, pelo o programa ABC News.
Imad Hage, conhecido empresário libanês-americano, contou à ABC sobre os contatos que fez a respeito de uma oferta iraquiana para abrir negociações para evitar uma invasão. Ele disse que encontrou-se em fevereiro com o ex-chefe da inteligência de Saddam, o general Tahir Habbush, e em março com Richard Perle, ex-presidente da Comissão de Assessoria de Política de Defesa e influente conselheiro das principais autoridades do Pentágono.
Hage afirmou que, para evitar a guerra, Habbush ofereceu ''desarmamento'' verificado por agentes dos Estados Unidos e a entrega de um alto dirigente da Al-Qaeda que estava sob custódia no Iraque. Ainda segundo o programa da ABC, o informante relatou o enviou da oferta a autoridades do gabinete do vice-secretário de Defesa dos EUA, Paul Wolfowitz.
Hage reuniu-se com Perle em março em Londres. Segundo a rede, o ex-presidente da Comissão de Assessoria de Política de Defesa disse que estava disposto a encontrar-se com autoridades iraquianas para debater a oferta, mas que foi instruído pela CIA a não seguir adiante. Autoridades dos EUA minimizaram a importância das reportagens, dizendo que o contato foi um de uma série de esforços adotados para evitar a guerra.
Questionado a respeito da reportagem, uma porta-voz da Casa Branca disse que o presidente derrubado teve muitas oportunidades para evitar a guerra.
– Foi a indisposição de Saddam Hussein de cumprir, após 12 anos e cerca de 17 resoluções do Conselho de Segurança da ONU, incluindo uma oportunidade final, que forçou a coalizão a agir para garantir seu cumprimento.
Em outra reportagem, a revista Newsweek disse que uma unidade secreta do governo Bush programou um encontro no início do ano entre Hage e uma autoridade de alto escalão do Pentágono. Mas a reportagem afirma que a reunião não teve resultados, em parte porque o empresário foi detido, imediatamente depois da reunião, no Aeroporto Internacional Dulles, em Washington, sob suspeita de tentativa de contrabando de armas para fora do país.
As informações são da agência Reuters.
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