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O porta voz do Exército dos Estados Unidos, George Krivo, comunicou que foram utilizados dois carros-bomba no ataque contra as proximidades do Hotel Bagdá, no centro da capital iraquiana. Pelo menos seis iraquianos morreram e outras 32 pessoas ficaram feridas no ataque deste domingo, dia 12.
Ele informou que, antes da explosão, os motoristas jogaram os dois automóveis, em alta velocidade, contra a barreira de segurança do fortificado hotel. Segundo ele, guardas iraquianos e norte-americanos chegaram a atirar contra os veículos impedindo uma tragédia ainda maior ao evitar que os veículos chegassem à entrada do hotel.
O atentado é mais um golpe ao presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, que tenta conseguir apoio à ocupação do Iraque ressaltando os sucessos do pós-guerra. Pesquisas de opinião mostram que a popularidade do presidente está em queda, enquanto crescem as perdas financeiras e humanas ligadas à guerra.
A explosão, logo após o meio-dia, fez tremer os edifícios e estilhaçou vidraças em vários quarteirões. Uma fumaça espessa cobriu o céu e ambulâncias e carros de bombeiro chegaram rapidamente ao local para o trabalho de resgate. O ataque ocorreu exatamente um ano após os atentados a duas casas noturnas na ilha indonésia de Bali, matando 202 pessoas, e três anos depois da explosão num destróier norte-americano no Iêmen, que matou 17 soldados.
Krivo disse que ainda não se sabe se os dois carros carregavam explosivos ou se um deles deveria distrair os guardas abrindo caminho para o outro se aproximar da entrada.
– Os carros desviaram e tentaram evitar um posto de controle e depois houve uma detonação e uma explosão – disse Krivo.
O hotel é conhecido por hospedar membros da CIA, autoridades do governo provisório liderado pelos EUA, iraquianos que participam do Conselho de Governo e executivos das empresas contratadas pelos EUA para trabalhar na reconstrução do país.
O chefe de polícia iraquiano Ahmad Ibrahim disse suspeitar que o atentado tenha sido praticado por facções leais ao presidente deposto Saddam Hussein ou guerrilheiros do grupo militante islâmico Al-Qaeda.
– Eles acham que fazendo isso vão assustar os norte-americanos e fazê-los sair do Iraque – declarou.
As informações são da agência Reuters.
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