| 17/08/2003 13h24min
Um soldado dinamarquês e dois iraquianos morreram durante um conflito entre tropas e um grupo de saqueadores que roubava cabos de força, disse neste domingo, dia 17, um porta-voz do Exército britânico. Segundo o major Ian Poole, uma patrulha de rotina dinamarquesa no oeste de Basra tentou prender oito pessoas que roubavam cabos de cobre na noite de sábado. Houve troca de tiros e um soldado e dois iraquianos morreram.
Os outros seis iraquianos foram presos, disse Poole. Um porta-voz dinamarquês disse o soldado morto, Preben Pedersen, de 34 anos, pode ter sido morto acidentalmente por um de seus colegas. Foi a primeira morte de um soldado de um país da coalizão fora os Estados Unidos e a Grã-Bretanha desde o início da guerra liderada pelos norte-americanos para derrubar Saddam Hussein.
A decisão da Dinamarca de apoiar a guerra dos EUA ao terror dividiu a população e os políticos. O país forneceu um submarino e um navio, e agora tem 420 soldados estacionados no sul do Iraque, como parte da força multinacional. O ministro da Defesa da Dinamarca, Svend Aage Jensby, disse à televisão que a morte não provocará a retirada das tropas dinamarquesas do Iraque, lembrando que três soldados foram mortos no Afeganistão em março passado e o restante das forças dinamarquesas continuou naquele país.
A violência no Iraque também fez vítimas neste sábado. Seis iraquianos morreram e 59 ficaram feridos em um ataque a bomba na prisão de Abu Ghraib na periferia de Bagdá, segundo informações do exército norte-americano. A prisão é controlada pelos Estados Unidos.
– Três rodadas de ataques de morteiros ocorreram. Três prisioneiros morreram na hora e outros três no hospital – disse um porta-voz do exército norte-americano.
Cerca de 500 iraquianos presos, incluindo prisioneiros comuns e supostos guerrilheiros anti-Estados Unidos, estão detidos em Abu Ghraib, uma das maiores e mais notórias prisões do ex-ditador Saddam Hussein.
– A bomba caiu no pátio. Entre os feridos, trinta prisioneiros conseguiram fugir e os outros foram levados a um hospital militar norte-americano para tratamento – disse uma porta-voz da Autoridade Provisória da Coalizão, liderada pelos Estados Unidos, que governa o Iraque.
A maior parte dos prisioneiros de Abu Gari está abrigada em barracas cercadas por arame farpado, enquanto as celas são reformadas. A prisão agora teve seu nome trocado para Penitenciária Central de Bagdá pela administração norte-americana no Iraque. Não se sabe quem está por trás do ataque da noite de sábado, embora os norte-americanos tenham atribuído a campanha de guerrilha contra eles no Iraque a uma mistura de partidários de Saddam e militantes islâmicos estrangeiros.
As informações são da agência Reuters.
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