Foram mais de sete meses de espera até que as máquinas começassem a trabalhar Finalmente saíram do papel as obras de reconstrução dos danos causados pelas chuvas de novembro do ano passado em Jaraguá do Sul.

Coordenadas pelo Deinfra e com financiamento do Governo Federal, foram mais de sete meses de espera até que as máquinas começassem a trabalhar. O primeiro ponto a receber as prometidas melhorias foi a estrada entre as localidades São Pedro e Garibaldi. No local, houve um grande deslizamento de terra.

Até agora havia sido apenas retirada a terra da pista e ainda havia o risco de novos deslizamentos no local caso houvesse uma chuva mais forte. Ali será feita a retirada da terra que deslizou, da vegetação que está na área onde ainda podem haver deslizamentos, a estabilização dos morros com degraus e a implantação de um sistema de drenagem para a água que desce do morro. Segundo os engenheiros responsáveis, as obras começaram naquele local porque se tratam de trabalhos mais simples.

— Aqui e na Estrada Ribeirão Grande da Luz, onde os trabalhos devem começar ainda essa semana, as máquinas pesadas podem subir e trabalhar no terreno que foi afetado sem riscos. Em outros lugares, principalmente nas áreas urbanas, é preciso fazer uma infraestrutura de contenção para que o trânsito das máquinas e dos homens não provoque novos deslizamentos — diz Emerson Duarte, engenheiro da empreiteira Almeida & Filho, responsável pelas obras.

O cronograma estabelecido pelos governos estadual e federal prevê que as 14 obras de Jaraguá estejam prontas em 180 dias. Serão investidos R$ 11, 5 milhões na reconstrução da cidade.

A liberação desse dinheiro pelo Ministério da Integração Nacional e o início das obras se tornou uma verdadeira novela. Em janeiro, a Prefeitura fez um levantamento de quais seriam os pontos que precisariam receber as obras.

O governo do Estado e o Deinfra enviaram os planos de trabalho para Brasília, mas a liberação dos recursos emperrou na burocracia. A liberação de recursos chegou a ser travada por causa de uma simples palavra.

No documento encaminhado pelo governo estadual, as obras constavam como sendo de "prevenção", porém o ministério só poderia liberar recursos para obras de "recuperação". Mais algum tempo foi perdido nesse processo, até que em 18 de maio o dinheiro finalmente chegou.