A prefeitura de Blumenau deve avaliar nesta quarta-feira se prorroga ou não o decreto que interditou 84 áreas do município devido ao risco de novos deslizamentos. Desde o início de janeiro, foram proibidas construções e reformas de imóveis em 170 ruas, que deveriam permanecer desocupadas. O prazo de duração do decreto, de 90 dias, terminou nesta terça.

Segundo o coordenador da Defesa Civil de Blumenau, general Jairo César Naas, todas as áreas deverão passar por análises geológicas, feitas por equipes técnicas que contarão com o apoio de geólogos de universidades como a Furb e UFSC. O trabalho, no entanto, não tem prazo para ser concluído, devido ao baixo efetivo de profissionais e o grande número de moradias a serem avaliadas. A orientação é que as áreas continuem desocupadas.

— O fato de ter expirado o prazo do decreto não significa que as áreas deixaram de oferecer risco. Hoje, os terrenos já estão secos, mas não sabemos como eles vão se comportar com novas chuvas — avalia Naas.

O decreto foi elaborado com base em um estudo feito por geólogos e especialistas do Centro de Apoio Científico em Desastres (Cenacid) da Universidade Federal do Paraná. Além da reforma das casas, proibiu terraplanagem e remoção de entulhos e barreiras nos locais, além de novas ligações ou religações de água e luz.