| 27/03/2009 17h39min
Por medidas de precaução, a prefeitura de Santa Cruz do Sul vai intensificar a aplicação de vacinas contra febre amarela neste fim de semana no interior do município. A decisão foi tomada assim que a Secretaria Estadual da Saúde (SES) confirmou a doença como causa da morte de um bugio encontrado esta semana, na localidade de Cerro Alegre Baixo.
Segundo a Secretária Municipal de Saúde, Leni Weigelt, a situação preocupa, mas ainda não é caso de calamidade, já que a existência do vírus não está confirmada na cidade.
— Vamos intensificar a vacinação apenas como medida de precaução. Não há motivo para pânico —alerta.
A prefeitura não sabe informar se Santa Cruz do Sul já faz parte da área de risco da doença no Estado. A informação só poderá ser dada pela SES, que controla os locais onde o risco é maior. Amanhã de manhã, o Secretário Estadual da Saúde, Osmar Terra, estará no município para dar mais esclarecimentos sobre o assunto.
Ao
mesmo tempo, equipes itinerantes da Secretaria
da Saúde estarão em dois locais do interior para imunizar a população rural entre 8h e 17h: no ginásio da Escola Vidal de Negreiros, em Cerro Alegre Baixo, e no pavilhão da Igreja Católica da Reserva dos Kroth. A vacinação já vinha sendo realizada rotineiramente na localidade de Paredão e nos postos de saúde do centro da cidade. A prioridade, agora, é vacinar os moradores da zona rural e as pessoas que vivem próximo a matas.
— Já vínhamos realizando a vacina, mas, depois da confirmação da morte do bugio preferimos intensificá-la nas zonas onde o risco é maior. Isso tudo é para manter a população prevenida, caso o problema aumente nas próximas semanas —explica a prefeita Kelly Moraes (PTB).
Até agora, 19 bugios já foram encontrados mortos em Santa Cruz, em sete localidades rurais diferentes. No entanto, mas apenas um teve a morte confirmada por febre amarela. Em dois casos, o resultado foi negativo e outros sete aguardam retorno das análises de laboratório. Nos demais,
não foi possível
confirmar a causa do óbito, porque o corpo dos animais já estava em estado de decomposição.
O coordenador da Vigilância Sanitária Vigilância Sanitária do município, Paulo César Rutkowski, lembra que o vírus da febre amarela, caso exista na cidade, é de origem silvestre, o que praticamente anula a possibilidade de transmissão aos moradores da área urbana.
— O vírus da doença que vive no interior não sobrevive na cidade. Isso só acontece se o vírus urbano estiver presente, o que não acontece no nosso município —esclarece.
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