| 19/02/2009 18h01min
Foi confirmada nesta quinta-feira a morte de um bugio em Santa Maria e outro em Barros Cassal por febre amarela. A informação foi divulgada pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS). Com isso, Gramado Xavier, Boqueirão do Leão, Progresso, Restinga Seca, Formigueiro, São Sepé e São Gabriel entram para a lista de vacinação contra a doença.
Embora não tenham circulação viral em bugios mortos nessas regiões, os sete municípios entram na zona de risco por precaução, informou o secretário Estadual da Saúde, Osmar Terra.
— Não há motivo para alarme. Ampliar a área de vacinação para os municípios vizinhos é uma medida de precaução. Santa Maria, por exemplo, não havia registrado a doença, mas a população já estava sendo vacinada por ser vizinha de Julio de Castilhos, que teve casos confirmados de febre amarela em bugios.
Desde o dia 12 de janeiro não são registrados casos suspeitos de febre amarela entre humanos no Estado. A
doença matou quatro pessoas desde outubro do
ano passado no Rio Grande do Sul. A meta da Secretaria Estadual da Saúde é encaminhar cerca de cem mil vacinas para a região nos próximos dias.
— Nos municípios que estão na zona de risco, aproximadamente 92% da população já está vacinada.
A confirmação
A análise feita em um bugio que morreu em Estância Velha, localidade do distrito de Boca do Monte, apontou a presença do vírus da doença. A cidade é a quinta da região a ter casos confirmados de morte de macacos por febre amarela. Os exames realizados em um laboratório, que fica em Belém do Pará, já tinham comprovado a doença em Tupanciretã, Quevedos, Júlio de Castilhos e Toropi.
O bugio que morreu em Santa Maria foi encontrado pelo agricultor Deomar Vicente Borin, 55 anos, no dia 3 de fevereiro. Ele trabalhava em um campo de sua propriedade quando o macaco caiu do galho de uma árvore. O animal parecia doente e sem forças, cerca de uma hora depois
ele morreu. Borin achou que era melhor avisar a Diretoria de
Vigilância em Saúde do município sobre o caso, e os veterinários foram ao local coletar amostras do rim, pulmão, coração e fígado do bugio. Foi o primeiro animal da cidade que pôde ser examinado porque até então só haviam sido encontradas carcaças.
Bem perto do local onde morreu o bugio infectado, foram achadas três carcaças por um sobrinho de Borin alguns dias antes. Deoner Borin Spode, 20 anos, convenceu os moradores da localidade a se vacinarem contra a febre amarela. Deomar foi um deles.
Oficialmente, nove bugios foram encontrados mortos na cidade. Ainda são esperados os resultados dos exames em quatro deles porque os demais estavam só na carcaça quando foram encontrados.
Hospedeiro
O Bugio não causa febre amarela. Ele é uma vítima da doença. Como vive no alto de galhos, onde também habitam os mosquitos que transmitem a doença nas matas, o animal é picado e serve como hospedeiro da
doença.
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