| 03/02/2009 19h36min
Uma mulher de 23 anos é a quarta pessoa a contrair febre amarela no Rio Grande do Sul. Só que ao contrário dos outros três casos, onde ocorreram mortes, ela se recuperou sem sequelas. A Secretaria Estadual da Saúde (SES) recebeu ontem a confirmação do Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo.
Moradora de Bossoroca, nas Missões, a jovem pode ter sido picada pelo mosquito transmissor da doença entre os dias 21 e 30 de dezembro de 2008, quando esteve acampada próximo às margens do Rio Jaguatirica, na localidade de Rincão do Sobrado, no interior do município considerado área de risco desde 2001.
Ela não era vacinada. No dia 31 de dezembro, adoeceu. Sentiu náusea, dores no corpo, na barriga, na cabeça e teve febre. A mulher buscou atendimento médico em três ocasiões, duas vezes em Bossoroca e uma em São Luiz Gonzaga, mas ficou apenas em observação.
Gráfico mostra detalhes sobre a doença:
Apesar de ter provocado três mortes no Estado, a febre amarela evolui na maioria das situações para formas leves e moderadas. Foi o que ocorreu com a jovem. De acordo com a chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica da SES, Marilina Bercini, apenas 15% dos casos são formas graves. Isso ocorre porque cada organismo pode responder de forma diferente ao vírus. A vacina é a forma de prevenção.
—Não há motivo para pânico com a febre amarela. A doença se apresenta de diferentes formas. A pessoa pode nem sentir os sintomas— explica Marilina.
Quem teve a doença está imunizado permanentemente, não sendo preciso a aplicação da vacina. A pessoa também não transmitirá a enfermidade se for
picada pelo vetor. A transmissão pode ocorrer apenas
durante período em que os sintomas se manifestaram.
Nos casos em que houve óbito, duas vítimas da doença residiam em Santo Ângelo e outra em Nova Santa Rita, mas teria sido picada em Pirapó, nas Missões. No Estado, 134 municípios são considerados área de risco. Nestes locais, 90% da população já foi vacinada.
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