Emergência em SC | 22/12/2008 09h54min
Um mês depois da forte chuva que atingiu as regiões do Vale do Itajaí, Norte e Grande Florianópolis, a Defesa Civil de Blumenau tem na fila três mil pedidos de vistoria de imóveis.
A preocupação de moradores com a estrutura das residências e a ameaça de novos deslizamentos faz com que a população registre cerca de 500 pedidos de vistorias por dia, pelo telefone 199 ou diretamente na sede da Defesa Civil, na prefeitura de Blumenau.
Famílias que tiveram de sair de casa e estão alojadas em abrigos têm prioridade. Para atender aos pedidos, a Defesa Civil do município conta com 20 técnicos, incluindo engenheiros e geólogos. A maioria da equipe é de voluntários, inclusive de outros estados, e o tempo de espera normalmente varia de uma a duas semanas.
— Após a notificação do morador, o pedido entra no cronograma de atendimento e visitamos o imóvel na medida do possível, até porque há um número muito grande de solicitações — explica o diretor da
Defesa Civil de Blumenau, Telmo
Duarte.
Gaspar
Em Gaspar, a equipe responsável por sair a campo para fazer as vistorias conta com seis profissionais _ três engenheiros cedidos pela Secretaria de Planejamento, um arquiteto do Serviço Autônomo Municipal de Saneamento de Gaspar (Samusa), um engenheiro de Curitiba e um arquiteto do Rio de Janeiro. Os dois últimos atuam voluntariamente.
O efetivo reduzido faz com que o tempo de espera chegue a 15 dias. Cerca de 380 pessoas ainda aguardam a visita. Além de fazer a avaliação do risco do local e da condição da residência, a equipe também relaciona medidas a serem tomadas em cada caso para proteger a moradia.
— O tempo de espera tem sido bem elevado, devido ao grande número de chamados. Mas na grande maioria dos casos, são residências que já estão desocupadas, por terem sido atingidas ou destruídas parcialmente, sem chance de voltarem a servir de moradia — afirma o diretor da
Defesa Civil de Gaspar, Luiz Mario da Silva.
Desde as
chuvas do final de novembro, 215 casas foram vistoriadas pela Defesa Civil de Gaspar. Segundo estimativas do órgão, os deslizamentos deixaram 749 casas totalmente destruídas. Atualmente, 349 pessoas estão morando nos três abrigos oficiais na cidade, nos bairros Margem Esquerda, Gasparinho e Santa Terezinha.
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