Encerrando sua gestão como presidente da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), Vicélia Florenzano definiu como um “caso isolado” a polêmica envolvendo Jade Barbosa. Após as Olimpíadas de Pequim, a atleta e seu pai acusaram a entidade de maus tratos e de negligência no tratamento de lesões.
 
Na opinião da presidente, que entrega o cargo em fevereiro, a origem da confusão é o pai de Jade, César Barbosa.

— Há uma incoerência na fala do pai e nas atitudes da menina. Na primeira declaração de Jade após Pequim, ela disse que competiu com condições e ofereceu ao pai o resultado, pois tinha sentido que havia competido muito bem. Isso foi criado mais pelo pai que pela ginasta. Foi um caso isolado — avaliou.

Vicélia ainda fez questão de elogiar Jade, que voltou a treinar no Flamengo com a dissolução da seleção permanente de ginástica artística feminina.

— Não tenho nada contra ela, tivemos sempre uma ótima relação. É preciso convir que ninguém fica quase quatro anos em um lugar onde não é bem quista e nem bem tratada — justificou.

A presidente ainda declarou se dar bem com todos os atletas, além de considerar não ter a imagem de sua gestão, iniciada em 1991, manchada por conta dos problemas envolvendo Jade.

— De forma nenhuma. A ginástica cresceu tanto neste período que um aborrecimento, um desencontro com uma pessoa em um universo grande da ginástica não mancha — destacou Vicélia.