Emergência em SC | 19/12/2008 09h44min
Desde o dia 22 de novembro até esta quinta-feira, 51 casos de leptospirose já foram confirmados em Blumenau, no Vale do Itajaí. Entre eles está o prefeito João Paulo Kleinübing.
Já foram registrados 350 casos suspeitos na cidade. A Secretaria de Estado da Saúde foi notificada sobre a confirmação de 140 casos da doença em Santa Catarina.
— Assim que comecei a sentir os sintomas, como dor de cabeça e febre alta, procuramos ajuda médica e a doença acabou constatada. Foi um susto, mas já estou plenamente restabelecido — conta o prefeito.
Kleinübing não sabe dizer exatamente onde nem quando contraiu a doença, mas lembra que, durante o desastre, esteve nas ruas Araranguá, Pedro Krauss Sênior e Coripós, algumas das vias mais atingidas pelas enchentes. Na Rua Araranguá, o prefeito e o motorista tiveram que deixar o carro às pressas para não serem levados pela água.
— Saímos correndo quando vimos a enxurrada. O
carro foi arrastado por metros — conta Kleinübing.
A Vigilância Epidemiológica de Blumenau informa que a tendência é de que aumente o número de casos na cidade.
— Mas mesmo se isso acontecer, consideramos significativas as ações de prevenção, orientação e controle da doença desenvolvidos até aqui, já que de todos os casos suspeitos, tivemos só um caso grave — garante a gerente da Vigilância Epidemiológica, Raquel Cristina Martelli.
O paciente que apresentou situação grave teve melhora no quadro clínico nos últimos dias. Todas as pessoas contaminadas foram tratadas, segundo a Vigilância Epidemiológica.
Em caso de suspeita da doença e histórico de contato com água ou lama da enchente, o paciente já é encaminhado para tratamento precoce com antibióticos, mesmo que a confirmação laboratorial ocorra alguns dias depois. A maior parte dos casos de leptospirose foram registrados em homens, em quase todos os bairros do município.
Quem apresentar sintomas da
doença deve procurar a unidade de saúde mais próxima da
residência. As pessoas devem permanecer em alerta até 40 dias depois do início da enchente, dia 22, ou seja, até o início do próximo ano.
O contato com a poeira deixada pela lama e barro não são mais motivo de preocupação para a saúde pública. Segundo o secretário interino de Saúde, Marcelo Schaefer, o risco de conjuntivite, infeção respiratória e meningite existiam na primeira semana após a enchente, quando as bactérias estavam ativas.
— Depois disso, as bactérias morreram com os raios ultravioletas. Agora, com o ressecamento do sol, não há mais risco bacteriano e viral. Pode haver desconforto respiratório, irritação ocular e eventualmente quadros alérgicos — explica.
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