Emergência em SC | 11/12/2008 13h05min
O presidente da SCGás, Ivan Ranzolin, calcula que os postos de combustível do Estado estarão fornecendo gás natural veicular (GNV) regularmente até as 17h desta quinta-feira.
Segundo Ranzolin, os funcionários da empresa estão indo aos postos para regular as válvulas de gás, que foram fechadas. Ranzolin calcula que, até esta manhã, cerca de 70 dos 115 postos que fornecem GNV no Estado já estivessem com o abastecimento normal.
Ele disse ainda que o fornecimento de gás para as principais indústrias do Estado já foi retomado.
— Hoje nós já temos 60% das indústrias, especialmente cerâmicas, que estão recebendo gás.
Gasoduto
O abastecimento estava paralisado desde o dia 23 de novembro, quando deslizamentos de terra provocados pela chuva no Vale do Itajaí romperam o gasoduto Brasil-Bolívia em Gaspar. No final da tarde desta terça-feira, dia 9, as obras de reparo foram concluídas e o
transporte de gás natural foi restabelecido.
De acordo com o
presidente da SC Gás, o gasoduto foi recuperado no local em que rompeu e não foi preciso fazer um contorno. A recuperação foi testada e, durante cerca de uma semana, a pressão do gás será cerca de 30% menor para que a resistência do gasoduto seja verificada.
— Eles nos confirmaram que o trabalho feito está seguro, porque os técnicos e o pessoal da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia Brasil (TBG) fizeram esta correção. São especialistas, pessoas que trabalham em plataforma. Então estamos trabalhando com pressão menor, mas que não trará nenhum problema.
Explosão
Sobre a possibilidade de a ruptura do gasoduto ter provocado deslizamentos de terra na região, como afirmam alguns moradores, Ranzolin disse que há muita especulação sobre o caso e que geólogos e técnicos afirmam que a explosão não acarretou um deslizamento maior.
— O deslizamento é que provocou a ruptura do cano, e
evidentemente quando rompe faz uma faísca e daí vêm as chamas que
ocorreram. Eu não posso dizer se houve explosão ou se foram apenas chamas. Isso é uma questão muito técnica e que a TBG vai ter que esclarecer através do seu relatório.
Segundo o presidente da empresa, no caso do rompimento do gasoduto da SC Gás na BR-470, no dia 22 de novembro, ficou comprovado que a explosão foi provocada pelo deslizamento da estrada.
— Está comprovado, nós temos todos os relatórios, que a estrada desbarrancou totalmente e levou 300 m de tubulação de gás e ali também ocorreu um incêndio. Como o local é na beira da estrada, não houve problemas maiores e em quatro dias nós recuperamos.
O presidente destaca que não há possibilidade de um gasoduto explodir se não houver um acidente externo. No Estado existem atualmente cerca de 800 quilômetros de redes de gás subterrâneas.
— O gás colocado subterrâneo como nós temos aí, a possibilidade de explosão é zero. Em primeiro lugar, não tem contato com o oxigênio do
ar, e sem segundo lugar, precisa acionar uma
faísca. A população tem que ficar tranqüila. Por exemplo, em Florianópolis, já estamos com cerca de 20 quilômetros de rede na cidade, e não tem chance nenhuma de explodir se não houver um acidente externo que provoque essa explosão, ou que provoque o fogo.
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