| 04/12/2008 19h25min
Secretários de Estado e presidentes de estatais se reuniram na tarde desta quinta-feira para a primeira reunião do Grupo de Reação à Calamidade, criado por decreto pelo governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira. O grupo irá apoiar os municípios e agilizar o repasse dos recursos do governo federal.
O secretário de Articulação Nacional, Geraldo Althoff, determinou que cada órgão defina um representante para se dedicar em tempo integral aos trabalhos e listou um esboço do plano com quatro eixos de ações, que começa a ser posto em prática imediatamente.
Segundo Althoff, além dos benefícios concretos que o poder público deve levar, o contato pessoal é fundamental. O segundo eixo é o setor produtivo, que deve ser mobilizado para garantir fomento em todas as áreas produtivas atingidas.
Ao setor público, terceiro eixo de ação, caberá resolver os problemas existentes nos serviços básicos e de infra-estrutura para agilizar o reaquecimento do
setor produtivo, assim como recuperar
o patrimônio público atingido.
A quarta linha de ação é a prevenção. A Fapesc será utilizada como referência nesse processo a partir das informações disponíveis e ações já realizadas. Assim, o Estado poderá atuar com vigor em áreas como monitoramento de eventos climáticos e ordenamento territorial.
O diretor do Tesouro Estadual, Cleverson Siewert, disse que é preciso ter os dados sobre perdas e necessidades para, a partir deles, atuar intensivamente na captação e alocação de recursos.
A diretora da Cohab/SC, Maria Darci Mota Beck, apresentou um plano de ação para construção de casas para os desabrigados. Segundo ela, além dos recursos estaduais vindos da Defesa Civil, orçamento do Estado e da própria Companhia, já estão disponíveis, até o momento, R$ 7 milhões vindos da iniciativa privada. Com este valor, é possível construir cerca de 450 casas.
A Cohab já contratou 150 kits de casa de madeira desenvolvidos em Lages e conseguiu
ainda kits para aproveitamento da energia solar
e uso de energia elétrica de forma econômica, 200 fogões e três mil geladeiras. Segundo a diretora, o principal problema agora é a falta de terrenos, já que muitos foram devastados e os disponíveis são muito caros.
As casas serão construídas em locais que passarão por uma análise geológica para aprovação. O valor estimado para a construção das três mil casas, meta da Companhia, é de R$ 200 milhões. Só serão atendidas pessoas cadastradas pela defesa civil.
O diretor da Defesa Civil ainda explica que os R$ 16 milhões já depositados nas contas do Fundo Estadual do órgão serão destinados ao atendimento da população afetada. A previsão do Banco do Brasil é de que, até o final de semana, a quantia alcance R$ 20 milhões.
Treze dias depois da enchente, Morro do Baú ainda está interditado para os moradores
Foto:
Diego Redel
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