| 04/12/2008 16h39min
A economia mundial crescerá 1,3% no ano que vem, seu pior ritmo desde 1982, mas melhorará em 2010, segundo um relatório divulgado nesta quinta-feira em Londres pelo banco de investimento americano Merrill Lynch. O documento informou que a economia internacional crescerá 3,1% em 2010, um pouco menos que em 2008, que acumula um crescimento de um 3,2%.
O banco também prevê o fim dos desequilíbrios econômicos globais em 2009, já que a crise financeira está "obrigando os consumidores dos Estados Unidos a controlar suas finanças pessoais, economizando mais e gastando menos, enquanto os mercados emergentes dependerão menos do consumo anglo-saxão". Além disso, o relatório afirmou que a recessão nos EUA "se prolongará em 2009 antes de se recuperar em 2010", toda vez que o reequilíbrio conduzir a "um dólar mais fraco".
O estudo disse que o Japão, a emergente Ásia e a América Latina serão "menos vulneráveis a essa mudança", enquanto a Europa, o Oriente Médio, a África e os EUA
podem sofrer com os
efeitos.
Para enfrentar a crise econômica, os governos provavelmente intervirão com medidas fiscais e monetárias para amortecer os efeitos da desaceleração. Nesse sentido, o relatório afirmou que "os pacotes de estímulo fiscal continuarão", enquanto as medidas governamentais se centrarão em apoiar às famílias.
O relatório acrescentou que "os bancos centrais não acumularão reservas e poderiam, inclusive, reduzi-las".
O Merrill Lynch aborda também a possível evolução de outras grandes economias, como a da Eurozona, afetada por uma incipiente recessão.
— Na Eurozona, achamos que o crescimento da exportação está a ponto de entrar em colapso e a crise creditícia limitará o investimento, embora o consumo deveria se beneficiar dos preços mais baixos do petróleo — disse Klaus Baader, economista-chefe do Merrill Lynch para a Europa.
Sobre o Japão, o banco americano prevê que o país pode "evitar a recessão por estreita
margem", devido ao barateamento do petróleo, que
impulsionará o consumo, e ao fato de a sua economia depender mais de suas exportações à Ásia que aos EUA. Em relação à China, o relatório comenta que a resposta fiscal de Pequim será efetiva e deverá limitar a desaceleração da economia nacional.
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