| 28/11/2008 13h18min
Os milhares de estrangeiros que ficaram presos na Tailândia em meio aos protestos antigovernamentais que bloquearam os aeroportos finalmente começaram a sair do país, em aviões que decolam de uma base da Aeronáutica a 140 quilômetros ao sudeste da capital Bangcoc. O presidente interino da companhia Thai Airways International, Narongsak Sangapong, disse nesta sexta-feira que serão necessários quatro ou cinco dias para todos os estrangeiros cheguem aos seus países.
Ele acrescentou que diversos passageiros partiram na véspera da base aeronáutica de U-Tapao e que outros 1,5 mil previam deixar o país hoje. O Departamento de Aviação Civil tailandês conseguiu permissão para 40 vôos, o dobro dos permitidos na véspera, que partirão da base naval de U-Tapao.
Companhias aéreas como Thai Airways International, Malaysia Airlines, AirAsia, Jetstar Asia e EVA Airways compartilham a única pista de aterrissagem e decolagem construída pelo Exército americano em U-Tapao durante a Guerra
do Vietnã. Na
quarta-feira, cerca de 4 mil viajantes foram evacuados de Suvarnabhumi, quando os seguidores da opositora Aliança do Povo para a Democracia tomaram o aeroporto.
Fontes dos aeroportos e de agências de viagem calcularam, por sua parte, que pelo menos 10 mil turistas foram afetados pelo cancelamento dos vôos somente na quarta, primeiro dia de bloqueio nos terminais aéreos. Países vizinhos à Tailândia, como Malásia e Vietnã, iniciaram operações para resgatar seus cidadãos em Bangcoc.
Fontes diplomáticas européias indicaram que as embaixadas dos países de União Européia em Bangcoc se limitam, por enquanto, "a assistir seus cidadãos da melhor maneira possível". Até o momento, além da possibilidade de chegar por terra à Malásia e ao Camboja, também se pode deixar a Tailândia pelos aeroportos internacionais de Phuket, no sudoeste do país, e Chiang Mai, cerca de 600 quilômetros ao norte de Bangcoc.
A Thai Airways Internacional, principal companhia aérea
tailandesa, que operava uma média de
140 vôos diários em Suvarnabhumi, transferiu seus serviços a Don Muang, utilizado, até então, somente para vôos nacionais. Quando este aeroporto também caiu em mãos dos opositores, passou a U-Tapao e buscou outras alternativas.
O primeiro-ministro Somchai Wongsawat declarou na quinta-feira estado de exceção nos aeroportos tomados pela oposição, em uma tentativa de recuperar o controle de ambos por uma operação de despejo a cargo da polícia e com apoio de soldados da Força Aérea e da Marinha. Cerca de 14,5 milhões de turistas anuais sustentam uma indústria que movimenta cerca de US$ 16 bilhões por ano na Tailândia.
Aeroporto de Suvarnabhumi, o principal da Tailândia, está fechado desde que manifestantes ocuparam a torre de controle
Foto:
Udo Weitz, EFE
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