| 27/11/2008 18h18min
A opositora Aliança do Povo para a Democracia anunciou nesta quinta-feira que seguirá adiante com sua mobilização, apesar do estado de exceção declarado para retirá-los dos dois aeroportos que ocupam na capital da Tailândia.
Suriyasai Katasila, um dos líderes da plataforma opositora, disse que se defenderão da polícia se esta usar a força para retirá-los dos aeroportos, onde, segundo as imagens de televisão, continua o ambiente festivo.
— Se quiserem nos retirar, que tentem. A Aliança protegerá todas seus localizações, porque estamos exercendo nosso direito de protestar de forma pacífica sem causar dano à propriedade estatal nem provocar distúrbios — disse Katasila.
Outros líderes dos protestos pediram calma aos manifestantes e que estes continuem à espera de instruções.
Hoje, o primeiro-ministro da Tailândia, Somchai Wongsawat, declarou estado de exceção nos dois aeroportos — de Suvarnabhumi, o principal do país, e de Don Muang
— ocupados por manifestantes que pedem a
renúncia do Executivo.
O corpo encarregado de aplicar a medida de emergência será a polícia, odiada pela Aliança, diante das reiteradas recusas do chefe do Exército, general Anupong Paochinda, de ordenar que seus homens intervenham.
Paochinda pediu na quarta-feira que os dois lados busquem um compromisso para solucionar a crise, e propôs que os ativistas abandonem seus protestos em troca da dissolução do Parlamento e da convocação de eleições.
No entanto, Wongsawat insistiu em que não renunciará, e hoje mesmo recomendou que os militares permaneçam nos quartéis.
Apesar dos insistentes rumores de um iminente golpe de Estado, recomendado por um influente membro da hierarquia militar, o porta-voz do Exército, Sansern Kaewkamnerd, minimizou a importância da movimentação de tanques por Bangcoc.
Aeroporto de Suvarnabhumi, o principal da Tailândia, está fechado desde que manifestantes ocuparam a torre de controle
Foto:
Udo Weitz, EFE
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