| 11/11/2008 11h48min
Aumento dos empregos formais e a política de reajustes dos pisos nacional e regional colaboraram para elevar em 19%, para R$ 5,1 bilhões, a injeção de recursos na economia do Estado com o pagamento do 13º salário. Descontada a inflação acumulada em 12 meses e calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), o aumento chega a 11%.
A estimativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgada ontem, projeta em R$ 1.011,68 o valor médio a ser recebido pelos gaúchos com direito ao benefício. Conforme as projeções da entidade, 70% do valor total vai irrigar a economia nos dois últimos meses no ano, colaborando para reforçar o orçamento para encarar as despesas e dar mais conforto para fazer as compras de final do ano. No país, o pagamento do 13º salário alcança R$ 78 bilhões, um aumento de 21,8% sobre o ano anterior e, descontada a inflação, 13%.
— O que mais cresceu foi a parcela do salário formal na
economia — afirmou na manhã desta
terça-feira o economista do Dieese Cássio Calvete.
Na avaliação de Calvete, o aumento significativo da massa de recursos na economia, em relação ao ano passado, será um reforço importante no momento em que a crise global começa a ter impacto no Brasil. O economista também lembrou que, como prevê o acordo entre governo e centrais sindicais, em 2009 também haverá um aumento significativo do salário mínimo, ao redor de 13%.
Quanto os gaúchos vão receber
Os valores médios do 13º salário no Estado:
- Trabalhadores formais R$ 1,296,68
- Assalariados setor público e privado R$ 1.346,37
- Empregados domésticos com
carteira R$ 462,13
- Aposentados e
pensionistas R$ 833,03
- Média geral R$ 1.011,68
Fonte: Dieese
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