| 29/09/2008 18h53min
Sem qualquer dificuldade, o paulista Thiago Alves foi o primeiro brasileiro a passar para às oitavas-de-final do Challenger de Aracaju, segunda etapa da Copa Petrobras. O cabeça 6 venceu Rodrigo Grilli, por rápidos 6/1 e 6/0, e agora aguarda o vencedor de Rui Machado e Juan Aranguren. Se for às quartas, poderá cruzar com o favorito Marcos Daniel.
— Grilli veio do quali e acho que cansou ali pelo final do primeiro set — avaliou o número 3 do Brasil, que vem de boas campanhas sobre piso sintético, sobre o qual passou o qualificatório do US Open e disputou a Copa Davis da Croácia.
— Não deu para sentir ainda se estou adaptado ao saibro e ao nível do mar, mas o calor deixa claro que vai ser difícil jogar aqui. O importante é que estou bem preparado fisicamente e com a confiança alta.
A grande surpresa da segunda-feira, no entanto, foi Júlio Silva, convidado da organização. Ele derrotou de virada o cabeça-de-chave número 5,o argentino Sergio Roitman, número 123 do mundo e campeão de Aracaju em 2007, por 4/6, 6/3 e 6/2. Foi a primeira vitória dele sobre Roitman em cinco duelos.
— Essa vitória é mais do que importante. Fazia muito tempo que eu não batia um cara desse nível, ainda no terceiro set. Saio muito feliz — disse ele, que teve uma queda signicativa no ranking e hoje ocupa apenas o número 394.
O resultado foi importante para o tênis brasileiro, que agora terá um duelo de dois jogadores da casa, já que Julinho enfrenta João Souza, o Feijão, nas oitavas-de-final.
O paulista superou as duras condições de Aracaju e derrotou na estréia o qualifier argentino Alejandro Kon, 489º, por 7/6 (7/3) e 6/4.
— Foi sofrido, até acostumar com as condições demorou um pouco. Muito calor, a quadra está bem seca e no começo ventou bastante. Não foi mesmo o melhor jogo de nenhum dos dois. Ganhei o primeiro set porque ataquei e soube me impor — contou Feijão.
Ainda sem o ritmo ideal, Feijão conta que a extração de um dente do siso atrapalhou a sua seqüência de torneios. Em Bogotá, na semana passada, caiu na primeira rodada.
— Fiquei parado duas semanas e só retornei agora mesmo, ainda estou voltando. A diferença de jogar na altitude em Bogotá e aqui no nível do mar é absurda, é outro golpe, outra bola. Mas espero melhorar.
Thiago vem de boas campanhas em piso rápido e está se readaptando ao saibro
Foto:
JOHN G. MABANGLO / EFE
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