| 10/09/2008 10h14min
O delegado Alexandre Isbarrola, chefe do Grupo Repressão a Crimes Financeiros da Polícia Federal, explicou o porquê de Celso Roth ter sido chamado para depor apenas nesta terça, apesar de o inquérito contra ele estar aberto desde julho de 2007. Segundo Isbarrola, os 14 meses que se passaram foram o tempo necessário para que a investigação avançasse ao ponto de uma convocação.
Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade nesta quarta, o delegado descartou qualquer relação com o bom momento vivido pelo Grêmio, time treinado por Roth.
– É um trabalho de fôlego, de coleta de informações e de cruzamento de dados, que leva um certo tempo. Muitas delas (investigações) começam a ser encerradas agora – disse.
A investigação em relação a Roth se refere a uma segunda etapa da Operação Ouro Verde. A primeira, desencadeada no final de março do ano passado, tornou público o suposto funcionamento de um sistema bancário paralelo, que serviria para enviar dinheiro ilegal ao Exterior e realizar operações financeiras sem comunicar o Banco Central. Os alvos naquele momento, conforme Isbarrola, eram os operadores do suposto esquema:
– Na segunda fase, passamos a investigar que clientes desse banco paralelo teriam em tese mandado ou recebido dinheiro do Exterior. Foram feitas inúmeras diligências para coletas de documentos.
Em julho do ano passado, começaram a ser instaurados os primeiros inquéritos, entre eles, o que envolve Roth. Atualmente, são cerca de 400 pessoas investigadas.
– Temos que ter o máximo de cuidado para não que sejam cometidas injustiças – afirmou.
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