A seleção feminina de vôlei do Brasil desembarcou nesta quarta-feira em São Paulo, após a conquista da medalha de ouro na Olimpíada de Pequim. Em seguida, o técnico Zé Roberto Guimarães e as jogadoras brasileiras concederam entrevista coletiva em um hotel da capital paulista. No contato com a imprensa, o grupo mostrou que já está pronto para novos desafios.

– Não tenho dúvidas de que a gente vai continuar sendo uma força do vôlei. Mas precisamos continuar com cabeça no lugar. Não podemos entrar no oba-oba e achar que somos os melhores do mundo. Temos que tomar cuidado e continuar da mesma maneira como nos últimos quatro anos – destacou Zé Roberto.

Questionada sobre a derrota na final do Pan, em 2007, contra Cuba, Sheila ressaltou que o objetivo do grupo era conquistar o lugar mais alto do pódio nos Jogos Olímpicos.

– A gente trabalhou quatro anos para ganhar a Olimpíada. Nós perdemos o Mundial no meio da caminho. No Pan, nós tivemos um mês de preparação. Mas nós merecíamos ganhar a Olimpíada e foi no momento certo – afirmou Sheila.

Já Paula Pequeno era uma das mais emocionadas e chegou a chorar ao responder uma das questões dos jornalistas.

– Eu nem entendi a medalha ainda. Isso vai levar tempo – disse a atacante, escolhida a melhor jogadora do torneio olímpico.

Zé Roberto elogiou o entrosamento das jogadoras dentro e fora de quadra e aproveitou para projetar o futuro da seleção:

– Nós vamos ter que substituir a levantadora, porque a Fofão infelizmente não vai continuar – disse o treinador, se referindo à provável aposentadoria da veterana jogadora.

O técnico falou ainda sobre sua declaração após a final contra os Estados Unidos, em que disse que a medalha da seleção era amarela-ouro.

– Essa seleção foi chamada de amarelona. A gente internamente não aceitava isso. No vôlei tudo pode acontecer. Eu via muita jogadora batendo forte e a bola não caindo. Foi um desabafo, porque a gente não aceitava isso.