| 26/08/2008 22h55min
Encerrado o segundo ciclo olímpico de Bernardinho, o treinador colocou, ainda na China, a sua permanência frente à seleção masculina de vôlei em xeque. De acordo com o técnico, já não era mais possível continuar na intensa maratona dos últimos anos, onde ele comandou a equipe feminina do Rio de Janeiro, a seleção verde-amarela, além de dar palestras empresariais.
Porém, de volta ao Brasil após a conquista da medalha de prata em Pequim, Bernardinho não escondeu a vontade de continuar até Londres, em 2012.
— O que mais me motiva é continuar com o grupo, além de ser um desafio continuar por mais um ciclo e chegar bem no final dele. Espero que eu encontre esses jogadores com muita vontade — declarou Bernardinho.
A tendência do treinador em ficar foi ainda mais evidente quando o assunto renovação da equipe entrou em pauta. Independente de quem seja o próximo técnico do time masculino de vôlei do Brasil, ele não poderá mais contar com peças importantes, como ocorre com o central Gustavo e o oposto Anderson, que já confirmaram suas ausências - outros jogadores, como Marcelinho, André Heller e Sérgio Escadinha ainda não sabem dizer sobre o que farão no futuro.
— Quem tiver condições de continuar, vai continuar e (na hora da convocação) eu não vou olhar carteira de identidade, mas sim o rendimento de cada jogador e a vontade dele em defender a seleção. A seleção de novos também tem muitos jogadores bons, vamos olhar a Superliga, os campeonatos internacionais. Todos serão observados e vamos selecionando — destacou Bernardinho.
Como o calendário da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) prevê mais uma competição da seleção masculina para este ano (Copa América), Bernardinho ainda tem tempo para pensar. Os próprios jogadores não acreditam na saída do comandante - ainda na Liga Mundial 2008, Bernardinho comentou que uma permanência sua estaria ligada ao apoio dos atletas.
— Pelo o que nós lemos por aí, parece que ele e o Zé já assinaram por quatro anos — afirmou o ponteiro Dante, que ainda completou elogiando o comandante.
— Eu acho que ele vai renovar porque a referência hoje é ele e conquistou tudo o que permitira. Acho que o Ary Graça não vai deixar ele sair. Se depender do nosso apoio, ele fica na seleção. Se for por isso, ele já está empregado — sorriu o jogador.
O técnico, no entanto, desconversa e nega que já tenha conversado com o presidente da CBV, Ary Graça.
— Ainda nem encontrei com o Ary Graça para conversar. Vou ver se resolvo isso nas próximas semanas — resumiu o treinador.
GAZETA PRESS
Técnico conquistou sete títulos na Liga Mundial, um ouro e uma prata olímpica desde que assumiu a seleção masculina em 2001
Foto:
Wander Roberto, COB
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