O nadador Michael Phelps encerrou neste domingo sua participação nos Jogos Olímpicos de Pequim cumprindo o objetivo que se propôs: se tornar o atleta com o maior número de medalhas de ouro ganha em uma única edição da Olimpíada. 

Com as oito medalhas de ouro, o norte-americano superou a marca de sete medalhas conquistadas por seu compatriota Mark Spitz nos Jogos de Munique-1972. E ao final de sua missão, desabafou perante a centenas de jornalistas que se aglomeravam para ouvi-lo durante a coletiva de imprensa.  

— Nada é impossível. Com tantas pessoas me dizendo que eu não conseguiria, tudo o que precisei fazer foi usar a imaginação. Isso foi uma coisa que aprendi e que me ajudou muito aqui. Tudo foi como uma viagem louca em uma montanha russa, mas nunca me diverti tanto na vida — declarou Phelps.

O nadador, no entanto, fez questão de dividir a glória com seus companheiros da equipe dos Estados Unidos. Afinal, não fosse a grande colaboração de Jason Lezak na final do revezamento 4x100m livre, umas das provas mais emocionantes da história da natação, talvez ele não tivesse conquistado os oito ouros.

— Eu não tenho palavras. Esses caras foram incríveis. Foram eles que tornaram isso possível. Isso mostra como temos trabalho em equipe e companheirismo. É incrível fazer parte desse momento — disse o nadador, visivelmente emocionado.

Phelps deixou o Cubo D’Água consagrado como o maior atleta olímpico de todos os tempos. Na cerimônia de premiação do revezamento 4x100m medley, prova em que conquistou seu oitavo ouro, o nadador recebeu uma placa em homenagem ao seu feito.

O momento mais emocionante da cerimônia aconteceu depois, quando os medalhistas se dirigiam à zona mista. Ao ver sua mãe, Debbie, chorando na arquibancada ao lado de suas duas irmãs, Phelps quebrou o protocolo, abriu caminho em meio à multidão e entregou as flores que recebeu na premiação para a mãe.