| 06/08/2008 15h41min
O delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz confirmou hoje que durante a Operação Satiagraha foram levantados indícios de interceptações telefônicas clandestinas por parte do grupo investigado por suspeita de crimes financeiros, como lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, evasão de divisas e formação de quadrilha.
O delegado comandou a Operação Satiagraha, na qual foram presos o sócio-fundador do Grupo Opportunity, Daniel Dantas, o investidor Naji Nahas e o ex-prefeito paulistano Celso Pitta, depois libertados por habeas-corpus do STF.
Em resposta ao presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Escutas Telefônicas Clandestinas, deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), o delegado alegou que não poderia dar mais detalhes sobre a operação porque ela está correndo sob sigilo de justiça, mas confirmou os indícios.
Alegando limitações legais, o delegado está se recusando a responder a maioria das perguntas.
O relator da
CPI, deputado Nelson Pellegrino (PT-BA),
perguntou se o delegado não queria que a reunião fosse fechada para que ele pudesse responder aos parlamentares. O delegado disse, porém, que preferia a reunião aberta porque as implicações legais o impedem de responder mesmo em reunião fechada.
Protógenes afirmou também que em momento algum se recusou a ir à Câmara. Ele enfatizou que apenas tentou adiar a reunião por motivos particulares. Em seguida, colocou-se à disposição para responder as perguntas dos parlamentares.
A defesa do delegado havia ingressado ontem à noite com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para adiar o depoimento, argumentando que isso atrapalharia o curso que faz na academia de polícia, mas o pedido foi negado.
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