| 29/07/2008 06h59min
A capital chinesa mobilizou todas as suas capacidades científicas e de engenharia, incluindo monitoramento por satélite e técnica para dispersar as nuvens e criar chuva artificial, para evitar que a chuva estrague a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim, programada para o dia 8 de agosto. Estatísticas históricas indicam que a chance de precipitação no dia é de 41%.
O escritório de Engenharia Climática de Pequim, subordinado ao Departamento Municipal de Meteorologia, será responsável pelo projeto de modificação climática para os Jogos Olímpicos.
O órgão deverá evitar a chuva durante a cerimônia de abertura, durante 3h30min, das 8h08min às 11h30min, na zona do Estádio Nacional, também conhecido como Ninho de Pássaro, um estádio sem cobertura onde será realizada a cerimônia.
A técnica para dispersar as nuvens é uma tecnologia desenvolvida por cientistas dos Estados Unidos, lançando bombas ou foguetes que contêm partículas de iodeto de
prata no céu, fazendo com que as gotas
de água continuem crescendo e eventualmente caiam.
O escritório de engenharia climática está tecendo uma rede defensiva nas províncias adjacentes e nos subúrbios de Beijing. Vinte e seis estações de controle foram construídas para dispersar as nuvens ou adiar o movimento delas.
O escritório empregou 32 mil pessoas e usa aviões de pequeno porte, foguetes e bombas para lançar cristais de iodeto de prata ou "gelo seco" às nuvens a 50 quilômetros de Beijing. As estimativas de resultados poderão ser reportadas pelas estações de controle ao comando central após 10 minutos.
Uma bomba de iodeto de prata custa US$ 12,75, um foguete US$ 290 e uma missão do avião gasta ainda mais. Cerca de 100 bombas ou quatro foguetes são usados em cada missão, de acordo com especialistas.
Trabalhadores preparam os últimos detalhes para evitar transtornos na abertura dos Jogos
Foto:
Oded Balilty, AP
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