| 25/07/2008 05h04min
O mais notável da vitória do Inter sobre o São Paulo, na quarta-feira, foi a mudança de posicionamento do time de Tite. Ficou provado, contra um adversário forte (mesmo descontando-se os desfalques), que dá para jogar com dois volantes sem tornar a defesa vulnerável. Pelo contrário, o que se viu foi uma equipe bem posicionada atrás e com alternativas de saídas rápidas para o ataque.
O Inter ficou mais leve do meio para a frente. Edinho, desta vez, optou por guardar posição, em vez de tentar sair jogando. Fez o seu trabalho muito bem. Guiñazu, que sempre se solta mais, também ficou na proteção, embora com grande movimentação. Na frente deles é que ocorreu a maior transformação: Andrezinho flutuou, Alex (pela esquerda) e Taison (pela direita) chegaram muitas vezes na área e Nilmar, com companheiros para tabelar, rendeu bem maos. Num esquema organizado, as individualidades aparecem.
O São Paulo estava sem atacantes, com a exceção de Dagoberto, mas foi mérito da defesa do
Inter a inexistência de
chances de gol contra Clemer. Afora o gol anulado, que nasceu de um lance de bola parada, o São Paulo só conseguiu chutar de longa distância algumas vezes. Sinal de que o sistema defensivo do Inter funcionou com eficiência.
Tite disse, depois do jogo, que hesitou entre escalar Maycon ou Andrezinho - e que o grupo o ajudou a decidir. A questão não está nos dois jogadores, mas sim nas suas características e também no posicionamento em campo. A escolha de Andrezinho, no caso, revelou-se acertada. Agora o desafio do treinador será manter o esquema também em jogos fora do Beira-Rio, até como preparação à chegada dos jogadores mais ofensivos que estão sendo contratados.
Aproveitamento
Com 96% de aproveitamento nos jogos do Beira-Rio até o momento, o Inter tem uma boa perspectiva de chegar no grupo da Libertadores, se mantiver a regularidade. E cresce sua chance de chegar ao título se conseguir, pelo menos, 35% de aproveitamento
nos jogos fora de casa. Neste caso, ultrapassará
os 70 pontos e será certamente um dos finalistas.
Contribuição
Rodrigo Mendes já está saindo do Grêmio outra vez, para jogar no futebol árabe. Ele já passou pelo Al-Ain, dos Emirados, e pelo Al-Gharafa, do Catar. Agora vai jogar no Al-Sharjah. No pouco tempo em que atuou no Grêmio nesta última incursão, deixou duas boas contribuições: o pênalti que sofreu de Renan no Gre-Nal e o gol que marcou contra o Sport, em Recife.
Longevidade
Enquanto os demais jogadores começam a se preocupar com a aposentadoria aos 30 anos, os goleiros conseguem estender suas carreiras por quase uma década mais. Agora mesmo, temos pelo menos dois exemplos de longevidade no Brasileirão: Clemer, que volta a ser titular do Inter na ausência de Renan, e Sérgio, que se tornou conhecido no Palmeiras e agora atua na Portuguesa. Na última quarta-feira, ele defendeu dois pênaltis contra o Flamengo. Clemer tem
39 anos, Sérgio 38.
Goleada
O Grêmio
assumiu a liderança do Brasileirão com uma goleada histórica sobre o Figueirense. Para isso, marcou bem, anulou Cleiton Xavier, usou as laterais, contou com a técnica de Tcheco e mostrou muito poder de conclusão. A liderança é mais do que merecida.
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