| 23/07/2008 20h
Evando Spinassé Camillato, atacante de 31 anos, 78kg e 1,77m. Esta seria a ficha básica de qualquer reforço em um clube de futebol. No entanto, com Evando e Avaí a situação é diferente. Suas passagens em 2004, quando foi artilheiro do clube na Série B, e também no ano passado agregam outros valores aos seus dados numéricos, como o carinho da torcida avaiana, o respeito do jogador pelo Leão e sua satisfação em poder retornar a Florianópolis para vestir a camisa azul e branca.
Para Evando, que afirmou estar muito feliz por voltar à casa que o acolhe tão bem, o grupo avaiano está em crescimento e chegou a hora de subir à Série A. A esperança é de que a campanha do Avaí em 2008 seja diferente daquela de quatro anos atrás, quando o atacante participou da temporada que culminou em uma derrota para o Fortaleza por 2 a 0 — e o Leão poderia perder por 1 a 0 — na última rodada da Segundona e deixou o clube fora da zona de classificação à elite do futebol brasileiro.
— Acredito que, na vida, um pai de família, uma empresa, planta para colher. O Avaí, há alguns anos, vem fazendo isso. Eu, como um atleta que passou por vários lugares, vejo o Avaí em crescimento e vejo que está chegando a hora de estar na Série A. Vieram muitas propostas. Pesava o desejo de voltar para cá — considerou o jogador, que foi procurado pelo clube catarinense em abril deste ano e também recebeu propostas do Náutico, Sport, Atlético-MG e Criciúma.
O atacante está satisfeito por integrar uma equipe que está brigando pela ponta da Série B. A boa fase avaiana inspira o jogador, que não deixou de elogiar seus companheiros.
— Comecei os treinamentos e estou feliz em saber que o grupo está muito bem. Vou trabalhar e esperar minha oportunidade. Os garotos estão de parabéns e espero que continuem assim — disse Evando na coletiva de imprensa realizada na Ressacada.
Evando estava jogando no futebol árabe, no Al-Shamal, desde que deixou o Avaí em 2007. O campeonato no Qatar terminou em maio e, neste mês de julho, Evando tirou férias e resolveu permanecer no Brasil, aguardando o nascimento do filho, programado para ocorrer até o dia 30 de julho.
— Eu vim, no ano passado, com o acordo de tentar o título do Catarinense. Eu tinha proposta do mundo árabe e sabia que era uma coisa de tempo. O presidente Zunino, que é grande amigo meu, me chamou. No final do Estadual, tivemos uma série de jogos, algo desumano, não mantivemos o mesmo ritmo do time. Minha esposa vai ter um bebê esta semana, nasce até o dia 30 de julho e por isso não fiquei no Qatar — explicou.
Preparação para a estréia
Evando realizou trabalhos físicos nesta quarta-feira, na Ressacada. Correu em volta do gramado pela manhã, trabalhou com os preparadores avaianos e está se adaptando aos poucos, já que não entra no gramado há dois meses e, desde então, vem fazendo apenas exercícios físicos acompanhados de um profissional.
— Preciso treinar um pouco. Se o Avaí tiver uma necessidade urgente, e eu sou pago para obedecer, e eles falarem "você vai jogar", eu vou jogar. Mas confio na capacidade e na inteligência dos dirigentes, que vão esperar pelo momento exato. Quando puder, quero entrar e mostrar meu futebol para provar ao treinador que tenho condições de permanecer. O mais breve possível, quero estar em campo — completou.
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