| 23/06/2008 05h29min
Ficou provado ontem: o Inter chega à semana do Gre-Nal com uma intranqüilidade. Ela se chama problemas na zaga. Agora, Sidnei, Sorondo e Danny Morais podem ser opção a Índio, Orozco e Marcão. Mas Tite tem problema no STJD ou por questões físicas.
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Sidnei ficou fora do jogo de ontem devido à expulsão na partida contra o Botafogo, no último dia 14. Teria retorno certo, mas será julgado hoje, a partir das 18h, pela Primeira Comissão Disciplinar do STJD, justamente pelo cartão
vermelho recebido no jogo contra os cariocas. Foi denunciado no artigo 250
(praticar ato desleal ou inconveniente) e pode pegar de uma a três partidas de suspensão.
Sorondo seria a outra opção para a zaga. Parado desde o dia 18 de maio, quando torceu o joelho esquerdo na derrota por 2 a 1 contra o Palmeiras, o uruguaio participa de coletivos normalmente desde a semana passada. Tite chegou a conversar com ele antes da viagem para Salvador. Resolveu não incluí-lo na delegação para dar mais tempo para o zagueiro recuperar a forma física. O que pesa a favor de Sorondo é que, desde quando chegou ao Beira-Rio, nunca se constrangeu em dar chutões em lances de perigo. Para Tite, esse foi um dos fatores do resultado negativo contra os baianos, ontem.
— Se apertar, tem que jogar a bola para longe. Não precisamos correr riscos — disse o técnico na coletiva.
Para tentar a reabilitação no clássico do próximo fim de semana, Tite pode ousar na escalação, ainda mais depois da excelente atuação de Taison. O garoto vindo das
categorias de base não conseguia esconder a
satisfação por receber uma oportunidade. Enquanto Tite lhe passava instruções antes de colocá-lo no jogo, Taison sorria, mesmo com o placar adverso.
Há tempos o meia-atacante se destacava nos coletivos. O próprio vice de futebol Giovanni Luigi disse que o jogador estava "voando". Taison foi o responsável pela melhora do Inter na segunda etapa. Mostrou habilidade, velocidade e personalidade indo para cima dos marcadores do Vitória. Em sua entrevista, deu discurso de veterano e mostrou que está com muita vontade de jogar no Gre-Nal:
— Agora tem um clássico pela frente. Não podemos ficar pensando nessa derrota.
Roth alerta: "É perigoso quando uma equipe vive um bom momento"
Sem problemas de escalação para o Gre-Nal de domingo, o Grêmio passará toda a semana com a única preocupação de rebater a condição de favorito. Mesmo que só seja superado pelo líder Flamengo no número de gols marcados - 16 a 12 - ,
o time não se considera superior ao rival, hoje o 15º
colocado na tabela.
— Essa história de atribuir favoritismo em Gre-Nal é coisa antiga. Não existe isso. O Inter tem muita força, nós o respeitamos muito. E vamos continuar assim — avisou o técnico Celso Roth, habituado com clássicos nos dois clubes.
Seu discurso coincide com o de Roger, que disputará seu primeiro Gre-Nal. O meia, que considera o grupo do Inter superior ao do Grêmio, recomenda postura cautelosa. E muita concentração para evitar erros cometidos na partida contra o Atlético-PR. Melhor em campo na vitória de ontem, Roger observa muitas diferenças entre o Gre-Nal e os clássicos que disputou por Flamengo, Fluminense e Corinthians.
— Aqui, a rivalidade vem à tona com mais força, floresce muito mais. Os dois times jogam a vida e a morte numa partida dessas. Hoje, nosso momento é melhor. Mas, em futebol, tudo vira com uma rapidez muito grande — alertou.
Apesar da vitória e da colocação do Grêmio, Celso
Roth passou mais tempo na entrevista coletiva
apontando defeitos do que valorizando as virtudes de sua equipe. O técnico disse ter ficado preocupado com o desajuste da defesa, sobretudo no primeiro tempo, e com a ineficiência dos atacantes Perea e Marcel.
— É perigoso quando uma equipe vive um bom momento, o que é o caso atual do Grêmio. Vitórias anestesiam algumas situações e provocam um certo relaxamento — afirmou.
O zagueiro Leo, que atuou ontem pela seleção olímpica, volta ao time em lugar de Jean. Eduardo Costa, que ontem entrou apenas na parte final, deverá começar o clássico. O que não significa que Willian Magrão, seu substituto ontem, tenha decepcionado. Segundo Roth, o jogador foi importante sobretudo no primeiro tempo, quando o Atlético-PR utilizou três atacantes e criou dificuldades para Pereira, Jean e Réver.
— Eduardo Costa é mais do setor, enquanto Willian é mais ativo. Um tem a juventude, o outro tem a experiência — destacou o técnico.
Times de Tite e Roth iniciam semana Gre-Nal em momentos antagônicos
Foto:
Arte sobre fotos de Eduardo Martins, Agência A Tarde, e Fernando Gomes
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